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Publicado: Terça-feira, 4 de agosto de 2009

Somos sóis e um dia brilharemos juntos

Somos sóis e um dia brilharemos juntos
99,9% da massa do sistema solar é Sol

Acredito, por experiência, que a consciência tem o poder de transformar aquilo que toca. Apesar de que, ter consciência, não garante transformação. Quanta gente tem consciência que fumar faz mal e continua fumando?
 
Podemos promover mudanças em nossas atitudes e comportamentos, desenvolver novas competências e habilidades, e atuar de forma mais consciente e plena em todas as áreas da experiência humana (as doze casas astrológicas). Tais mudanças dependem em grande parte daquilo que acreditamos ser capazes de realizar, das crenças que temos sobre nossa identidade.
 
É nesse âmbito que a Astrologia atua, no nível da nossa identidade, ou no ponto de conexão com os planos superiores, espirituais da existência. Talvez por isso mesmo, o símbolo do Sol,um legado deixado pelos antigos, seja um círculo com um ponto no centro, que induz a percepção da “presença da essência da vida que habita todos os cosmos”.
 
99,9% da massa do sistema solar é Sol. Não podemos subestimar esse conhecimento, essa informação. A nossa natureza é estelar, é Solar, somos feitos de Sol! Não existiria vida se não houvesse o Sol. A expressão de vida na Terra é assim uma porção infinitesimal da vida que habita o Sol, assim como o Sol é uma porção infinitesimal da galáxia em espiral onde se encontra, que por sua vez é um ponto vista da perspectiva das gigantescas nebulosas, que são pontos quando vistos das profundezas infindas do universo.
 
Por esse mesmo princípio de transmissão de vida, todos os átomos que compõe as células de nosso corpo vibram naquela faixa de freqüência onde se encontra o Sol. Daí deriva toda fonte de energia e vida que chega ao nosso planeta numa determinada época do ano. O Sol é esse grande transdutor das potências celestiais que se originam em outros sistemas superiores de constelações, galáxias e nebulosas. Pode-se dizer que estamos conectados a esses sistemas superiores do mesmo modo que as células de nosso corpo estão conectadas e nutridas aos tecidos dos órgãos a que pertencem.
 
Quando alguém nos pergunta: - qual é o seu signo? Somos levados a responder sem questionar: - Sou Gêmeos. Ou Aquário. Virginiano ou Ariano. De todo modo, levamos a pergunta ao nível de nossa identidade. Ser geminiano, aquariano, de Virgem ou de Áries significa que o Sol se encontrava nessa fase zodiacal do ano quando nascemos. Essa é a nossa identidade estelar. O meu Sol é Gêmeos, eu sou Gêmeos, e tudo o mais que isso possa significar.
 
Algumas pessoas assumem isso como crença e não saem de casa sem ler o horóscopo de jornais. Talvez esse comportamento coloque a astrologia como uma prática num dos níveis mais baixos da espiral de desenvolvimento da consciência (Ken Wilber), mas não é acreditar ou não em astrologia, mas sim acreditar que astrologia é uma crença, ou que depende de acreditarmos nela para que funcione, que a coloca nesse patamar. Eu não acredito em astrologia, eu estudo e pratico. A minha experiência me diz que a Astrologia faz parte das ferramentas ou linguagens mais elevadas dos níveis neurológicos, a identidade individual do ser humano, e nos coloca em conexão direta com outros sistemas superiores à nossa condição terrena, exalta a condição de pertencimento ao sideral com seu conjunto de astros e estrelas.
 
É claro que não se pode dividir toda a população mundial em tão somente 12 tribos, seria um erro crasso de generalização enquadrar uma pessoa num determinado padrão unicamente em função da posição em que o Sol estava quando nasceu, no entanto, no nível da identidade humana, todos nós estamos conectados a todos e a essa fonte superior de energia, de luz e de consciência, de si mesmo, que é o Sol. Habitamos o mesmo planeta Terra, temos limitações e ilimitadas habilidades de Ser, como dizia o poeta: “Não estamos sóis, somos sóis e um dia brilharemos juntos”.

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