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Publicado: Domingo, 17 de março de 2013

Sollys ou Osasco?

Sollys ou Osasco?
O forte time do Sollys pode um dia acabar se a Globo seguir sem pronunciar o nome da marca da Nestlé em suas transmissões

Sollys e Unilever decidirão mais uma vez a Superliga Feminina de Vôlei. "Mas a Globo disse que a disputa seria entre Osasco e Rio de Janeiro", pode corrigir um pouco informado. São os mesmo times, meu caro. Só que a emissora carioca se nega a pronunciar o nome das marcas que apoiam as equipes e passa a chamá-las pelos nomes das cidades onde treinam e jogam.

"Mas a emissora tá no direito dela, pois não ganha nada em falar o nome dessas marcas". Como não? Afinal, não são essas empresas que patrocinam as equipes, contratando jogadoras de renome e, assim, engrandecendo o espetáculo exibido na tela do plim-plim? A mesma coisa acontece na Formula 1. A "Vênus platinada" não narra corridas da Red Bull Racing, apenas da RBR.

Isso é um tremendo desrespeito com quem banca o esporte. E isso é ruim também para o torcedor: sem visibilidade, essas empresas podem deixar de patrocinar suas equipes, que podem se ver obrigadas a abandonar uma competição importante - como o São Bernardo, que não garante participar da Superliga do ano que vem pois perdeu seu patrocínio.

Por isso eu gosto da postura do Fox Sports. Lá não tem cerimônia: é Copa Bridgestone Libertadores, Serie Atchim A Tim, Barclays Premier League e por aí vai. Tirando a marca de pneus, as outras não anunciam com frequência no canal (a Tim esporadicamente). É claro que deve haver um acordo, mas é bacana ver uma emissora valorizando quem valoriza seu produto. Se não for assim, logo não sobrará nada para ser exibido pois os patrocínios terão acabado...

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