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Publicado: Terça-feira, 29 de maio de 2007

Sexo inteligente: de graça, sem graça, desgraça?

Sexo inteligente: de graça, sem graça, desgraça?
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Sexo inteligente: não é de graça, nem sem graça e muito menos uma desgraça!!

O Governo Federal lançou essa semana uma resposta urgente às questões que envolvem as mulheres em relação a políticas publicas de saúde: é possível sim incluir o planejamento familiar e o acesso a métodos contraceptivos de forma ordenada, inteligente e adequada. 
 
Esse “mega” projeto inclui investimento de mais de 100 milhões em contraceptivos orais e injetáveis na rede pública de saúde, distribuídos gratuitamente, incluindo ampliação da oportunidade de vasectomias, laqueaduras e outros métodos informativos para o planejamento familiar.
 
É urgente que a informação se transforme em educação em saúde para as mulheres sexualmente ativas e seus companheiros. Ainda lidamos veladamente com problemas sérios em relação às mulheres e... para você que confortavelmente desconhece as estatísticas, aí vão alguns dados reflexivos:
 
> Mais de 90 % das causas da mortalidade de mulheres durante a gestação e pós-parto são evitáveis.
> A AIDS aumenta entre as mulheres;
> A violência sexual deixa seqüelas de violência psicológica, moral e física, comprometendo a vida sexual das mulheres e sua capacidade de negociação de sexo seguro;
> Os abortos ainda são a 4ª maior causa de mortalidade entre as mulheres em idade fértil, e são responsáveis por quase 250 mil curetagens clandestinas;
> 50 % das gestações não são planejadas e o número de grávidas menores de idade cresce assustadoramente;
> Cresce também o uso indiscriminado da pílula do dia seguinte como método anticoncepcional rotineiro, diminuindo assim o uso da camisinha e a prevenção a doenças sexualmente transmissíveis.
 
As ações de governo também incluem humanização no atendimento, muito material informativo, investimento de mais de 30 milhões nas maternidades e acesso facilitado à capacitação de profissionais envolvidos.
 
Apesar de todos os esforços, sabemos que há muito desdém no uso da informação como educação permanente e monitoramento de resultados impactantes.
 
O sexo é para a grande maioria das mulheres, uma entrega romântica, moral e cheia de segredos! Tola mentira! Na verdade, sexo tem que ter tempero de autonomia, auto-conhecimento e segurança.
 
Tomara que este seja mais um caminho que fortaleça a auto-estima das mulheres perante a negociação do desejo e parceria.
 
Não é fácil amar com responsabilidade, mas compensa investir e refletir sobre possibilidades maduras e inteligentes para se tornar uma mulher de verdade.

Isso vale para mulheres, homens, governantes, educadores e para o futuro de nossos filhos...

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