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Publicado: Terça-feira, 22 de novembro de 2011

Setor Externo

Setor Externo

Segundo o BC, o balanço de pagamentos registrou superávit de US$372 milhões em outubro. As transações correntes apresentaram déficit de US$3,1 bilhões no mês e de US$47,3 bilhões nos últimos 12 meses, equivalentes a 2% do PIB. No mês, a balança comercial foi superavitária em US$2,4 bilhões. A conta financeira registrou ingressos líquidos de US$3 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos, US$5,6 bilhões.

A conta de serviços registrou déficit de US$3,4 bilhões no mês, 13,8% acima do ocorrido em igual período de 2010. As despesas líquidas com viagens internacionais totalizaram US$1,2 bilhão, 6,4% inferiores a outubro de 2010, decorrente de elevações de 0,7% nos gastos de brasileiros no exterior e de 21,2% nos gastos de estrangeiros no País. As despesas líquidas com transportes, US$782 milhões, apresentaram crescimento de 39,3%, enquanto os gastos líquidos com aluguel de equipamentos, US$1,5 bilhão, aumentaram 23,5%, na mesma base de comparação.

As remessas líquidas de renda para o exterior totalizaram US$2,3 bilhões, redução de 14,7% frente ao resultado de outubro de 2010. As remessas líquidas de renda de investimento direto, incluindo lucros e dividendos, somaram US$1,6 bilhão, recuo de 16,1%. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira atingiram US$242 milhões, 30% inferiores ao mesmo mês do ano anterior. Houve elevação de 6,6% nas remessas líquidas de renda de outros investimentos, que totalizaram US$476 milhões. As remessas líquidas de lucros e dividendos registraram US$1,6 bilhão no mês, redução de 28,3% ante mesmo período de 2010, enquanto as de juros, na mesma base de comparação, variaram 41%, totalizando US$785 milhões.

As transferências unilaterais correntes acumularam ingressos líquidos de US$256 milhões no mês, ante US$84 milhões registrados em outubro de 2010. Os ingressos para manutenção de residentes somaram US$138 milhões, recuo de 15,4%, e os envios de recursos ao exterior com a mesma finalidade alcançaram US$52 milhões, redução de 31,9%, sempre nas mesmas bases de comparação.

Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram retornos líquidos de US$1,5 bilhão em outubro. As saídas de recursos destinados a aumento da participação no capital de empresas estrangeiras somaram US$954 milhões, enquanto as amortizações líquidas recebidas de empréstimos intercompanhias atingiram US$2,4 bilhões.

Os investimentos estrangeiros diretos somaram ingressos líquidos de US$5,6 bilhões no mês, ante US$6,3 bilhões em setembro, e acumularam US$56 bilhões no ano, até outubro. No mês, os ingressos líquidos para aumento da participação no capital de empresas no País atingiram US$5,7 bilhões e as amortizações líquidas de empréstimos intercompanhia, US$120 milhões.

Os investimentos estrangeiros em carteira totalizaram ingressos líquidos de US$397 milhões, ante saídas líquidas de US$933 milhões em setembro. Os investimentos em ações registraram ingressos líquidos de US$427 milhões. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País apresentaram ingressos líquidos de US$8 milhões, ante saídas líquidas de US$425 milhões em setembro. As amortizações líquidas de notes e commercial papers somaram US$30 milhões em outubro.

Os outros investimentos brasileiros no exterior somaram aplicações líquidas de US$5 bilhões em outubro, compreendendo a concessão líquida de empréstimos de curto prazo, US$1,8 bilhão, e constituição de ativos no exterior de US$3,3 bilhões, sendo US$301 milhões de bancos e US$3 bilhões de demais setores.

Os outros investimentos estrangeiros no País somaram ingressos líquidos de US$330 milhões em outubro. O crédito comercial de curto prazo totalizou desembolsos líquidos de US$2,3 bilhões. Os empréstimos de longo prazo registraram amortizações líquidas de US$1 bilhão, incluindo de desembolsos líquidos de US$1,2 bilhão de empréstimos diretos, US$253 milhões referentes a empréstimos provenientes de compradores, e US$63 milhões providos por agências. Os empréstimos originários de organismos apresentaram amortização líquida de US$2,5 bilhões no mês. Os empréstimos de curto prazo atingiram amortizações líquidas de US$540 milhões em outubro.

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