Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Segunda-feira

Segunda-feira

Segunda, começa assim.

Não uso despertador.

Comumente mentalizo o horário para acordar no dia seguinte e tem dado certo. Falhas? Raramente. Comprometedoras, até agora nenhuma.

Pois bem e para exemplificar.

Tome-se, pois, desta segunda, 15 de agosto precisamente. Às sete horas saí rumo a Indaiatuba. A cuidar de algo de que, ultimamente, não se consegue reparar em Itu. À falta de representante.

Antes das oito, cinco minutos, eis que adentro a loja. Ganhei um bom dia algo sisudo, partido apenas dos clientes, dois, que já haviam chegado.

Contudo não sentei, à espera de ser contatado. Nisso entra uma quarta pessoa que se antecipa a todos, a apresentar-se à atendente.

Que chato. Tive que fazer valer a ordem de chegada e, aí sim, tudo clareou, numa boa.

O objetivo, causa da visita, fora marcado para oito horas e, assim, antes das oito e trinta, fui notificado de que tudo estaria pronto dali a mais ou menos duas horas.

Em jejum, saí à cata óbvia de um café. Havia. Bem próximo e sofisticado, detalhe até dispensável.

Resolvi entanto servir-me dele, pois desde a disposição de mesas e cadeiras, tudo parecia convidativo.

Assentei-me confortavelmente e, satisfeita a primeira refeição do dia, quedei-me ali.

Muito bem dispostos, num canto do café, jornais dos mais lidos e tradicionais.

Pensei: é com eles que vou me entreter para esse lapso de tempo um tanto demorado, eis que só retornaria à loja às dez horas.

Pausa.

Este rápido intervalo contempla a necessidade de mudança de mesa, eis que o sol, aquecedor que seja, a essa altura me queima um pouco o costado.

Já estou então de volta.

O Estadão de hoje, 15. Meia pagina da capa, para foto e texto (“Alma lavada”), a referenciar o merecido regozijo do perseverante Diego Hypolito, desta vez em solo de ginástica perfeito. Além de tudo, um adorno ao próprio jornal, com essa imagem.

Mas. Ah esse mas...

Logo abaixo, metade inferior da capa, outra nota a comentar intento dos deputados de afrouxar o projeto contra a corrupção. Pretensão de relaxar o que classificam eles de rigor e dureza excessivos. A ponto, nesse caradurismo, de pretenderem  descriminalizar algumas facetas já preconizadas nas leis atuais, classificadas de dureza e rigor excessivos.

Não estaria a mentir se afirmasse que percorri ao menos de relance todas as páginas. Por alto, claro.

A este ponto, vejo-me acompanhando de mais clientes à minha volta, a me ver com papel de rascunho, concentrado nesta redação. Eis que a crônica de hoje vem a lume originalmente, sob caneta comum.

A esta altura, mais clientes à minha volta.

Acudiu-me perpassar rapidamente também a “Folha” , a meu ver, o segundo diário na imprensa paulista. Depressa mesmo, garanto.

E não deu outra. Também no jornal dos Frias, metade superior da página, a foto do “prata” Hypolito, aqui porém ao lado do “bronze” Nory.

A “Folha” é mais leve e Mônica Bergamo consegue prender na grande imprensa a leveza da página social de muitas fotos com textos breves, mais menções do que relatos. Agrada.

Quase dez horas. Corro. Atravesso a rua. Entregam-me o produto. Agradeço e saio.

Sei lá o que vai acontecer hoje, 15, depois do almoço.

Comentários