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Publicado: Domingo, 8 de maio de 2011

Sec. de Educ. de SP sempre manda prender a vítima

O governador de São Paulo está pagando uma consultoria internacional para ajudar a resolver os problemas da escola pública. O resultado é até 2.030. Parece piada. Se não custasse uma fortuna aos cofres públicos, se não saísse do nosso bolso dava até para rir.

Vamos colocar chantilly em cima de um bolo podre. Não precisa de consultoria de estrangeiro para resolver nossos problemas, precisa coragem e vontade política. A receita a gente dá de graça. Nada a ver com salário de professor. Pagar R$ 1.800,00 reais para o professor parece pouco pela importância da sua função. Tudo que se pagar para um educador parece pouco. Para um mau professor, R$ 1.800,00 é muito. Tudo bastante relativo.

Aliás, para o mau professor qualquer salário é muito. O mau professor tem que ser excluído da escola pública. Sem nenhum demérito para a pessoa. Um mau professor pode exercer muito bem outra profissão para a qual ele tenha talento.
O problema está em nunca fiscalizar o trabalho do professor, torná-lo um Deus, como faz a imprensa que, para valorizar o mau professor promove uma campanha monstro contra o aluno… isto é que não dá bom resultado. Priorizar o aluno e respeitar os alunos e os pais. Está aí o primeiro ingrediente da receita e talvez o mais importante.

Os pais e alunos não têm uma instância sequer onde possam denunciar os maus tratos que recebem na escola. Numa estrutura monstro, que é a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, os pais protocolam documento com denúncia, que nunca é apurada. Quando a denúncia é “apurada”, a última palavra é sempre da professora que cometeu o abuso… e fica como verdade absoluta.
Imagina se, na Secretaria de Segurança, a última palavra fosse a do criminoso… Não ia ter uma só pessoa em presídio nenhum… o “criminoso” ia dizer “não, negativo, é mentira”… e a vítima seria presa.

Parece absurdo, irreal, sem lógica. É assim que funciona na Secretaria Estadual de Educação em São Paulo… e também no resto do Brasil… mas especialmente em São Paulo.

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