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Publicado: Terça-feira, 7 de março de 2017

Saudosismo ...

Saudosismo ...

Cuidei por instantes de me transportar ao passado, mais exatamente aos tempos de criança pobre mas feliz e bem naquela região central – Barão de Itaim, Praça Padre Miguel e principalmente Jardim do Carmo.  E adjacências, claro.

Quantas vezes, em meio século de despretensiosos enfoques na imprensa – em A Federação especialmente – esse mesmo tempo já fora tratado e relembrado.

A sensação de tanta mudança para pior, em praticamente quase tudo que diga respeito  à convivência e aos costumes consequentemente, aos mais antigos causa pasmo.

Por isso, com certeza, quem esteja hoje nos seus 25/30 anos de idade, ao envelhecer, talvez nem estranhe muito. Esses já se terão habituado à insegurança total, em muitas horas até com risco de vida. Praza aos céus que lhes ocorra então o inverso. A partir de sua entrada na vida comunitária, tão perversa como agora, esteja vencida essa degeneração da sociedade. E dirão certamente: ainda bem que, malgrado uma era anterior desregrada ao extremo, hoje se viva com segurança e respeito.

Bem claro, contudo, que essa segunda possibilidade, fica entretanto vinculada e dependente a muita dúvida e incerteza.

Em resumo, choca deveras a pouca ou nenhuma probabilidade de recuperação de hábitos sadios e respeito mútuo entre o povo.

Não faltará quem diga: ah, mas o Brasil não está sozinho nesse infortúnio; há mais nações infelicitadas. Mas aqui, para o enfoque desta crônica-desabafo, é bom que ninguém olvide de que onde vivemos é neste chão brasileiro, desorientado e de comando dúbio. País em que os eleitos para a missão de zeladores da ordem, do plano municipal ao federal e, pois, com passagem pelo estadual, não têm feito por merecer confiança.

Será ou não uma verdade de que os condutores da Nação – políticos e politicalha solta - riem na cara de quem os elegeu?

Para o exercício de cargos importantes lá em Brasília, especialmente importante mesmo é que os indicados a cargos de comando tragam a marca de um passado estranho, se não pela incompetência (e assim obedientes e controláveis), certamente que pela desfaçatez e caradurismo.

Em momentos de dúvida ou apuros dessa coorte, são convocados os asseclas para um jantar no palácio e aí perpetram conchavos a portas fechadas.

Mau humor no texto?

Saiba-se então que crônicas de outrora, até a respeito de flores e gramíneas, chegavam a cuidar.

O ameno e a leveza fluíam por si.

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