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Publicado: Sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Saudades dos nossos mortos

Todos os anos em 2 de novembro, comemoramos o Dia de Finados, em nosso tempo considerado mais um dia de descanso ou recreio, principalmente quando coincide com o final ou início da semana.

Se procurarmos entender o significado da comemoração (festividade religiosa tradicional) concluiremos que seria para lembrarmos dos parentes e amigos falecidos, e nessa perspectiva, meditarmos que um dia (incerto e  não sabido)  também integraremos esse ról.

Sublinarmente temos a considerar que se trata de mais um ensinamento cristão, no sentido de nos alertar que a outra vida deve se inserir em nossas meditações para esclarecimentos necessários. Não devemos ser omissos nessas reflexões, deixando de pensar na morte e na outra vida, na vã ilusão de nos entretermos unicamente e apenas com este mundo material.          

Ao redigir este texto tomo conhecimento da morte do Monsenhor José Antonio Moraes Bush, por muitos anos pároco da Igreja Nossa Senhora das Dores em Campinas.

Sentimos sua ausência desde já. Assistimos muitas missas que celebrou e notávamos perfeita liturgia, coral magnífico com participação da assembléia, mesmo porque Mons. Bush cantava muito bem, com excelente timbre de voz e suas homilias escritas e complementadas com exemplos se tornavam bastante agradáveis.

Na minha opinião, suas celebrações litúrgicas destacadamente seriam as melhores de Campinas. Deixa saudades, muitas saudades. E, se passarmos a relembrar das pessoas falecidas a partir das mais recentes, para dominar a saudade, o melhor mesmo é considerá-las como vivas, separadas apenas pela distância física ou temporal.         

A lembrança de fatos ou episódios agradáveis, curiosos e interessantes ocorridos em nossas vidas deve ser bastante consolador, amenizando os dissabores que, de outro lado, não cessam de acontecer.

Cada pessoa tem a própria bagagem de recordações, inserida em seu passado, daí a recomendação da necessidade ética em bem viver o presente para que, nos bons momentos de relembranças sejamos capazes de vir a sentir saudades e não mágoas e tristezas.

Também de acordo com os ensinamentos da Igreja, a qual pertencemos, seria conveniente, para não dizer obrigatório, rezar pelas almas dos falecidos (naturalmente cada um pelos seus mais próximos).

Isso implicaria considerar a existência do purgatório, local que os evangélicos duvidam que exista, mas que integra a crença dos católicos. Pessoalmente acho muito conveniente a existência do purgatório, pois oferece mais algumas chances a mais aos cristãos não muito firmes de escaparem da eterna condenação.

Terminamos a crônica invocando a Divina Misericórdia para que se apiede da alma dos falecidos, especialmente dos parentes e amigos, afim de que já se encontrem no gozo da eterna felicidade ou quanto antes nela sejam inseridos.

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