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Publicado: Domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sabedoria e Cultura

Sabedoria e Cultura
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“Sabedoria é um universo de discernimentos da Essência Universal (Deus) que o homem jamais irá assimilar absolutamente” (Djaniro Souza).
  
A sociedade entende que sabedoria é a capacidade do homem discernir ou interpretar sobre o passado, vivenciar o presente e sobre o que é melhor para o futuro. Assim, identifica os erros praticados e os corrige para melhorar a sua vida.
        
Cultura está relacionada às raízes do conhecimento do homem. É a bagagem armazenada pelo homem no seu subconsciente. Em palavras simples e exemplificativas é como se o homem tivesse na essência do seu subconsciente uma espécie de fichário. Iguais àqueles armários de aço que temos nos escritórios. Uma gaveta grande cheio de fichas. Ali anota todos os fatos e conhecimentos. Quando o consciente humano deseja expor alguma dessas experiências, vai até ao fichário (subconsciente), puxa a ficha respectiva ao assunto desejado e o expõe.
 
Nesta linha de entendimento a cultura nada mais é que “o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.” (Edward Burnett Tylor – Antropólogo britânico – 1832 – 1917).
 
Fica claro que sabedoria é diferente da cultura. Uma pessoa pode ser um erudito, mas um sábio poderia não sê-lo. Oras, o homem pode possuir vasto armazenamento de conhecimentos com base em teorias ou técnicas, mas sabedoria é um assunto a discernir.
 
Acredito que a sabedoria é o resultado da conexão entre o homem e a Essência Universal. A sapiência será impossível sem a Sabedoria Superiora. Não será alcançada só por que o homem a deseja. É um processo metafísico. Para alcançar a sabedoria o homem precisa meditar e no seu íntimo questionar conforme as suas necessidades. A metafísica dará as respostas conforme a sua evolução. Na história da humanidade surgiram pessoas que fizeram descobertas científicas ou deram sentido para a evolução do conhecimento humano.
Certamente ocorreu essa conexão com a Essência Universal e as descobertas aconteceram. Na minha opinião a metafísica não é
"apenas um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza". (William James – filósofo e psicólogo norte-americano – 1842 – 1910), mas uma conditio sine qua non ou condição essencial para alcançar o status de um sábio.
 
Com estas informações básicas é possível dizer que a sabedoria vem da Essência Universal ou Natureza Universal (Deus). Ora, eu não estou sozinho, pois a Bíblia também tem esse entendimento. O homem é capaz de entender e interferir nas coisas da vida. Mas o bom senso e a capacidade cultural não são suficientes para nortear o destino da civilização humana. Obviamente, porque “Com Deus está a sabedoria e a força...” (Jó – 12-12).
 
Para o homem afirmar que é um sábio, antes teria que conhecer o pensamento intrínseco da Essência Universal. A questão é como chegar até à Sabedoria Divina. Não existe um método para isso. É necessária a conexão elaborada com o vivenciar humano. Para conhecer uma migalha dessa sabedoria será necessário um estado de pureza espiritual. Podem ocorrer processos metafísicos com um impuro, mas a vontade é Superiora. “O homem pode extrair riquezas da terra e desenvolver tecnologias avançadas, construir fortalezas e fabricar objetos luxuosos (interpretação livre minha), ‘Mas onde se achará a sabedoria? Onde habita o entendimento? O homem não lhe compreende o valor; não se pode encontrar na terra dos viventes’...” (Jó – 28).
 
Fica provada a existência de uma sabedoria divina ou teosofia, que é a consubstanciação de entendimentos genéricos para os filósofos, religiosos e cientistas. Com reserva especial vou expor os pensamentos sobre teosofia de Helena Blavatsky "o substrato e a base de todas as religiões e filosofias do mundo, ensinada e praticada por uns poucos eleitos, desde que o homem se converteu em ser pensador. Considerada do ponto de vista prático, é puramente ética divina" (Helena Petrovna Blavatsky - Glossário Teosófico 1831 – 189).
 
A interpretação da senhora Blavatsky será limitada se não existir uma explicação lógica. Se teosofia for considerada como um compêndio da ciência ou princípios filosóficos e religiosos do homem, posso aceitar a idéia exposta acima. Mas, acredito que teosofia, como a própria palavra o diz (tem origem na Grécia: theosophia, que vem de theos ou Deus, e sopho que significa sabedoria) “sabedoria é um universo de discernimentos da Essência Universal (Deus) que o homem jamais irá assimilar absolutamente” (Djaniro Souza).
 
O homem pode reunir no seu conhecimento uma fagulha do Entendimento Universal, mas jamais compreender em absoluto a sua essência, diante da sua limitação natural. Assim posso aceitar os dizeres da conceituada estudiosa.
 
Com o desejo do poder, da riqueza e muitos outros desejos efêmeros, o homem sonha em ser sapientíssimo. Obviamente, usaria para o mal, ou melhor, muito poucos usaria a sabedoria para o bem. Justificativa para esse entendimento sobra nos atos praticados no decorrer dos tempos. Alguns exemplos poderei dá-los. Antes direi que todos os lampejos de idéias e evoluções que o homem teve, foi dado pela essência Universal, mas os resultados são catastróficos.
 
A descoberta da pólvora foi uma evolução. Poderia servir para beneficiar ou facilitar a vida do homem na Terra. Usaram também para a fabricação de bombas para dizimar os semelhantes ou agredir a natureza. Com o progresso se fazia necessário um veículo que venceria a distância. Foi dado o discernimento para a construção da aviação. O homem usa para despejar toneladas de bombas sobre a continuação da sua existência ou os seus semelhantes.
 
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