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Publicado: Segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Rolando dadinho, jogando bilhar

Crédito: Marcelo Rayel Rolando dadinho, jogando bilhar
Santos, 2:30 da manhã, no último dia de 2011

Depois que retornei de Belo Horizonte, o primeiro passeio que fiz pela cidade levou uma tarde inteira, mais um pedaço da noite. E nessa caminhada, percebi que Santos estava diferente. Havia uma Santos da Av. Francisco Glicério/Afonso Pena para a praia e uma outra da Av. Francisco Glicério/Afonso Pena para o porto.

Nem preciso dizer que a Santos de verdade, aquela com mais nativos da cidade, está para a porção que vai da Av. Francisco Glicério/Afonso Pena para o porto.

A avenida Francisco Glicério, e sua continuação, a avenida Afonso Pena, corta a ilha, longitudinalmente, onde a cidade se equilibra. Nessa tábua litorânea, não é que a porção para a praia seja menos Santos. Mas é uma região onde o metro quadrado deve ser uns dos mais caros do mundo, uma parte da cidade bem, bem glamorosa. É uma porção que os visitantes adoram.

Porém, o santista da gema é mais fácil de ser encontrado na porção das citadas avenidas para o porto.

A foto que ilustra esse post mostra a Santos dos santistas da gema. Tremenda duas e meia da manhã do última dia do ano de 2011. Nem preciso dizer que o reveillon começou cedo.

O Poeta fica na Carvalho de Mendonça, rua/avenida fronteira dos bairros de Vila Belmiro e Campo Grande. De um lado, a Vila. Do outro, Campo Grande. E o Poeta fica do lado do Campo Grande.

Um lugar totalmente britanizado. Exceto por um dos bartenders do local, um sujeito boa-praça que veio do Arizona, EUA. O único ali que não carrega em si o espírito da Union Jack.

Ao invés de ser um típico underground, o Poeta funciona no primeiro andar de um pequeno prédio comercial. Um overground. Em dois salões: o anterior onde funciona um videoke, o posterior com as mesas de sinuca.

O local é frequentado pelos universitários, mas é possível encontrar algum tiozão da suquita como eu dando as caras por lá. Público eclético, de uma certa forma. E sem música no salão de snooker (já basta o berreiro dos aprendizes de Frank Sinatra no salão anterior).

Cervejas e tiragostos. O copo de caipirinha lá é de assustar o medo. Praticamente, um balde. Mas esqueça aquele lance dos malandros fumando feito chaminés e lascando na aguardente. O público feminino, por exemplo, é ombro a ombro com o masculino. Além da maior fuzarca, as garotas, na hora do jogo, mostram que não estão para brincadeira.

Caso você venha passar parte de suas férias ou a temporada aqui em Santos, fica a dica. Porque vale a pena.

O Poeta fica na Rua Carvalho de Mendonça, 291, no Campo Grande (divisa com Vila Belmiro, entre a Av. Bernardino de Campos (canal 2) e Av. Ana Costa). Começa às 22 horas e vai indo...

E venha conhecer uma Santos que, provavelmente, você não conhece.

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