Publicado: Quarta-feira, 22 de maio de 2002
Risco Brasil
Os grandes investidores usam qualquer motivo para especular e ter grandes lucros.
Uma hora é o efeito Orlof da Argentina, outra é a ascensão da candidatura de Lula, etc, e com isso o Risco Brasil sobe, o dólar sobe, a bolsa desce, e a bancada internacional, logo depois, acumula em seus bolsos novos ganhos, impossíveis de se conseguir em qualquer outro lugar do planeta.
Bancos como o ABN AMRO, o Santander que tiveram lucros imensos no Brasil especularam lá fora, e seus presidentes aqui tiveram que reagir para não queimar a imagem interna.
O Banco ABN AMRO Real obteve no Brasil 18% de seus lucros totais e o Santander Banespa obteve aqui 38% de seu lucro total no ano passado.
Com isso fica mais difícil para o governo rolar sua imensa divida e conseguir novos investimentos, o que é feito pagando-se um dos maiores juros do planeta.
Nossa divida total está hoje em R$ 760 bilhões e devemos pagar este ano só de juros R$ 95 bilhões.
Vejam o sacrifício que nosso governo coloca em todo o país para manter suas metas fiscais. Com a não aprovação da CPMF ele acaba de cortar R$ 5 bilhões em gastos sociais, cujo orçamento vem sido ano a ano podado.
Portanto não se iluda qualquer que seja o próximo candidato ele vai passar por imensas dificuldades, pois não existe a curto prazo, solução.
Esta só viria com uma ampla reforma tributária, uma ampla reforma política, além de uma ampla negociação com nossos credores.
O Risco Brasil é você ver que na ultima década os números de chefes de família sem renda aumentou de 1,4 milhões (1991) para 4,1 milhões (2001).
Fonte Folha SP (08/05/2002). Temos a quarta pior distribuição de renda, uma das piores concentrações de terra no mundo, 50 milhões de analfabetos, 30 milhões de miseráveis, etc.
Um país não pode evoluir e crescer convivendo com esta situação, senão, logo muitos estarão fazendo como Alexandre Benedito Grossi, 28 anos (Folha SP 4/05/02), que pulou os muros do presidio em Jundiai e pediu PRENDAM-ME, POR FAVOR! Porque para muitos, talvez fosse melhor ser prisioneiro do que um sem teto, sem emprego ao menos do ponto de vista da assistência que o governo presta. Só não ouvimos ainda esse pedido como freqüência, porque a liberdade, mesmo que na miséria, ainda é um direito que não se troca por nenhum outro.
Uma hora é o efeito Orlof da Argentina, outra é a ascensão da candidatura de Lula, etc, e com isso o Risco Brasil sobe, o dólar sobe, a bolsa desce, e a bancada internacional, logo depois, acumula em seus bolsos novos ganhos, impossíveis de se conseguir em qualquer outro lugar do planeta.
Bancos como o ABN AMRO, o Santander que tiveram lucros imensos no Brasil especularam lá fora, e seus presidentes aqui tiveram que reagir para não queimar a imagem interna.
O Banco ABN AMRO Real obteve no Brasil 18% de seus lucros totais e o Santander Banespa obteve aqui 38% de seu lucro total no ano passado.
Com isso fica mais difícil para o governo rolar sua imensa divida e conseguir novos investimentos, o que é feito pagando-se um dos maiores juros do planeta.
Nossa divida total está hoje em R$ 760 bilhões e devemos pagar este ano só de juros R$ 95 bilhões.
Vejam o sacrifício que nosso governo coloca em todo o país para manter suas metas fiscais. Com a não aprovação da CPMF ele acaba de cortar R$ 5 bilhões em gastos sociais, cujo orçamento vem sido ano a ano podado.
Portanto não se iluda qualquer que seja o próximo candidato ele vai passar por imensas dificuldades, pois não existe a curto prazo, solução.
Esta só viria com uma ampla reforma tributária, uma ampla reforma política, além de uma ampla negociação com nossos credores.
O Risco Brasil é você ver que na ultima década os números de chefes de família sem renda aumentou de 1,4 milhões (1991) para 4,1 milhões (2001).
Fonte Folha SP (08/05/2002). Temos a quarta pior distribuição de renda, uma das piores concentrações de terra no mundo, 50 milhões de analfabetos, 30 milhões de miseráveis, etc.
Um país não pode evoluir e crescer convivendo com esta situação, senão, logo muitos estarão fazendo como Alexandre Benedito Grossi, 28 anos (Folha SP 4/05/02), que pulou os muros do presidio em Jundiai e pediu PRENDAM-ME, POR FAVOR! Porque para muitos, talvez fosse melhor ser prisioneiro do que um sem teto, sem emprego ao menos do ponto de vista da assistência que o governo presta. Só não ouvimos ainda esse pedido como freqüência, porque a liberdade, mesmo que na miséria, ainda é um direito que não se troca por nenhum outro.
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