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Publicado: Quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Restauração de valores

Precisamos pensar em restaurar valores. É evidente que o progresso é assustador, tamanha a tecnologia que avança diariamente, a ponto da grande maioria parecer viver fora do mundo.

Só para exemplificar, nos referindo a computador (que imensa parte da terceira idade ignora completamente), além dos modernos notebooks, já ultrapassados pelos recentes e minúsculos modelos ainda nem existentes no Brasil (ipads), os celulares com função de computador, as comunicações pela internet via orkut, youtube, sites,facebook etc., que mudou tudo, sobretudo nas transações comerciais, bancárias, etc.

Infelizmente, ao que parece, para atingir esse avantajado progresso, muitos valores históricos e morais passaram a ser marginalizados, ao longo do tempo, produzindo devastadores estragos no seio do Cristianismo.

As idéias fomentadas pela chamada teologia da libertação, de origem marxista, se infiltrando em alguns meios católicos na década de oitenta, foram muito prejudiciais, bem como a tendência de considerarem os índios em seu estado “natural”, sem se tornarem cristãos pelo batismo.

O eminente escritor católico Paulo Rodrigues em seu estupendo livro Igreja e Anti-Igreja, Teologia da Libertação (pg.38), nos esclarece: “a beatificação do Padre Anchieta no dia 22 de junho de 1980, foi o melhor xeque-mate que podia ser dado – variante João Paulo II - nos novos missionários que querem que índio seja índio, e não cidadão e católico.

Mentores dos novos missionários são os chamadosteólogos e historiadores da libertação.Prevenimos os leitores que costumamos aspear estas denominações, porque, como é sabido, eles a rigor, não são missionários, não são teólogos (vide capítulo II), não são historiadores, nem libertam ninguém. São antes ideólogos de esquerda, a serviço da revolução socialista.”

Na restauração de valores, também não podemos omitir a falsa manifestação desses “historiadores ou teólogos” insistindo que os portugueses foram exploradores levando nosso ouro para Portugal, da maldade dos capitães do mato e de que para o Brasil foram enviados presos e degradados, que corromperam a terra virgem.

Paulo Rodrigues em seu livro citado (pg.39), diz o que deve ser verdadeiro, através das palavras do historiador Serafim Leite, S.J., ipsis litteris, : “esta é a grande honra de Portugal. Nenhum outro país colonizador (exceto a Espanha) fez da catequese a base da colonização.”

E continua Paulo Rodrigues: “não sabíamos, quando adolescentes, que Tomé de Sousa (1449-1533), nosso primeiro Governador-Geral, íntimo dos jesuítas, com os quais se aconselhava nas coisas de importância, cooperou, em tudo que esteve ao seu alcance, na grande obra da catequese e civilização, confiada aos jesuítas, a tal ponto que levou Pandiá Calógeras, a dizer que Tomé de Sousa e Manuel da Nóbrega , foram, na verdade,  os Fundadores do Brasil” (Formação Histórica do Brasil pg.13).

Temos, portanto, que ressaltar com ufania a nossa origem nitidamente cristã e procurar restaurar todos os valores que através dos últimos tempos vem sendo postergados, com evidentes e sensíveis prejuízos para todos, inclusive para a própria e endeusada “civilização moderna”.

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