Publicado: Segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Receita para o turismo profissional
Há alguns itens que são obrigatórios quando se pensa em transformar uma cidade em pólo de atração turística. Esse é o caminho para todas as cidades do Vale Médio do Tietê e outras que queiram se transformar em destino para viajantes curiosos.
Veja os exemplos:
1) Levantamento de todos os pontos mais importantes e atraentes com constante atualização da situação dos mesmos;
2) Geralmente, esses pontos de atração são construções antigas como igrejas, museus, monumentos, conjuntos de arquitetura colonial, formações rochosas, cavernas, etc. Todavia, esses locais precisam estar em perfeitas condições de limpeza, higiene, instalações sanitárias adequadas, estrutura para receber portadores de deficiência física, tudo com boa sinalização e muita segurança;
3) O Receptivo. Este é um ponto importante para dar o aspecto de turismo profissional à cidade. Falamos das instalações das Secretarias de Turismo de várias cidades do Vale Médio do Tietê. Por incrível que pareça algumas Secretarias ainda ficam fechadas nos finais de semana, como é o caso de Cabreúva.
4) Elas devem se propor a atender o Turista com todas as informações, banheiros, cafezinho, folhetos atualizados, de preferência em português, inglês e espanhol, mapas, circuitos, etc. Há cidades que constroem o receptivo na entrada principal, como acontece em Campos do Jordão, Joinville, Gramado, Canela etc. e, agora, também Itu. No portal de recepção o turista deveria ser recebido por monitores treinados em contar a história da cidade, seus recursos e indicar os principais destinos de interesse dos turistas. Dessa forma ele se sentirá bem atendido e seguro de que fará um passeio monitorado dentro do espírito de aprender e se divertir.
5) A propaganda é fundamental. Sem a divulgação do potencial turístico da região na mídia e nos pólos geradores de turistas, em grandes empresas multinacionais, agências de turismo etc., nada acontece. Mas, para tanto, é preciso que haja investimento e profissionais contratados, praticamente lobistas, para a execução desse trabalho.
6) Monitores com treinamento permanente. A equipe de monitores de uma cidade estância turística precisa ser reciclada com constância, precisa ser bem uniformizada e ter meios de comunicação à sua disposição.
7) Conscientização da população da importância de se ganhar dinheiro com o turismo. Neste item se enquadra a cultura de proteção ao meio ambiente e limpeza. Também se enquadram os funcionários, garçons, arrumadeiras, cozinheiros, faxineiras de hotéis, bares e restaurantes. Eles precisam ser bem treinados também e estar sempre prontos a dar uma informação turística solicitada. Todos esses estabelecimentos precisam ser abastecidos com folhetos tri-lingues e demonstrar profissionalismo no atendimento.
8) Artesanato – Participação ativa de associações de artesãos locais para que a exposição e venda de objetos da região aconteçam de forma organizada num local tipo feirinha com barracas padronizadas e proprietários com jalecos que os identifiquem junto aos visitantes.
9) Desenvolvimento de um Calendário de Eventos com datas e horários que deverão ser cumpridos de forma rígida e bem divulgados.
10) Prefeitura: sua ação no setor é fundamental. Ela estabelece os padrões de higiene e limpeza. Além disso, a Prefeitura tem que garantir a infra-estrutura básica da cidade, inclusive a segurança dos turistas. A Vigilância Sanitária deve estar sempre presente fiscalizando os estabelecimentos ligados ao turismo.
11) Atuação da comunidade. A cidade precisa aprender a fazer o turismo acontecer. Além disso, é muito importante aproximar o assunto turismo das escolas da região com um intercâmbio permanente que desperte nos estudantes a idéia de se ganhar dinheiro com a indústria do turismo. É um trabalho de longo prazo e imprescindível para o êxito do empreendimento.
12)Privatização: A comunidade não deve renegar a idéia de se estudar a possibilidade de privatização de monumentos, parques, instituições etc. Ou, então, promover propostas de parcerias com a iniciativa privada que passaria a dar manutenção aos pontos turísticos em troca de marketing ou propaganda.
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