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Publicado: Quinta-feira, 23 de abril de 2009

Raros. Raríssimos

No Terceiro Domingo da Páscoa, a liturgia contempla o evangelho, conforme relata São Lucas.
É parte final de toda narrativa desse apóstolo.
São os versículos de 35 a 48, do capítulo 24.
Veja-se:
 
”” Naquele tempo, os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Ainda estavam falando quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse:
”A paz esteja convosco!”
Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma.
Mas Jesus disse:
”Por que estais preocupados e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés; sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.
E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muitos alegres e surpresos.
Então Jesus disse:
”Tendes aqui alguma coisa para comer?”
Deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles. Depois disse-lhes:
”São estas as coisas que eu vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na lei de Moisés, nos profetas e nos salmos”.
Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras e lhes disse:
”Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sereis testemunhas de tudo isso”.
 
O capítulo 24 é o último na sequência dos evangelhos, segundo São Lucas.O Mestre aparece aqui e ali e faz os derradeiros retoques de sua missão e prepara os primeiros evangelizadores.
 
Jesus já tinham se encontrado com os discípulos, os do caminho de Emaús, e os dois estavam agora a contar aos outros o que se passara com eles.
 
Aí entra Jesus e se põe no meio da conversa.
 
A partir desse momento lhes explica e aí passam a entender então, os de Emaús e os demais, que tudo se cumprira.
 
Ao incumbir os seus fiéis seguidores de serem eles suas testemunhas de todo o acontecido, na verdade lhes passou uma tremenda responsabilidade.
 
Agora entendiam e devidamente evangelizados, a igreja nascente se espalhou rapidamente por todos os recantos possíveis.
 
Mas como obtiveram êxito, num tempo de tão difícil comunicação?
 
Aí reside uma questão importante.
 
A da aceitação plena e verdadeira de Jesus por quem quer que seja.
 
Se essa graça se opera em alguém solícito, ele, sem estardalhaço mas também sem pejo nem respeito humano, passa adiante e comunica o Cristo ao semelhante.
 
É alguém, pois efetivamente evangelizado.Mesmo aquele que porventura opte por não receber a mensagem, também não consegue negar a autenticidade de quem a proclamou.
 
Nos tempos atuais, o anúncio e a aceitação de Jesus, se operam com muito menor empenho e veracidade. Daí que se entra para a Igreja, faz-se a primeira comunhão, precedida de catequese, mas sem o alicerce inicial, o da aceitação de Jesus, no coração, de forma comprometida, anunciada por outro irmão que já o tenha. Os padrinhos de batismo e até os pais, não fazem sua parte. Porque talvez a chama do Cristo não arde no seu coração. Respeitam, mas não se comprometem e assim também nem
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