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Publicado: Quinta-feira, 8 de março de 2012

"É nóis mana, é nóis"

Dia Internacional da mulher, é nóis mana, é nois.

Acho que dia disso e dia daquilo acaba esfacelando a função, fracionando e deixando o ser humano menos parte do todo, menos importante.
Na medida que separamos enfraquecemos.

Dia Internacional da Mulher, muito se fala da violência que a mulher sofre da sociedade como ela fosse a vítima. A pobre, a coitada, a sem importância que precisa de proteção.

Esquecemos que os homens violentos, que estão aí, foram educados por uma mulher em primeiro lugar. Mãe, tia, madrinha ou avós.

Depois vem professores, na maioria mulheres, agora a escola pública tomada por homossexuais. Então se não é mulher, é homem com comportamento de mulher. Um homem feminino, como diz o Pepeu Gomes.

É a mulher que tarja na cabeça do homem que ele tem que bater para ser forte. Toda vez que a mãe fala para o filho “espera só seu pai chegar” Essa mãe entrega ali sua incapacidade para resolver o seu problema, ou a sua preguiça.

O pai chega cansado, estressado e depois que está com sua cabeça bem cheia do papo da mulher ele corrige o filho com uma surra. Até hoje se vê pais de acordo com as professoras, que se bateram no aluno, ele mereceu.

Até bem pouco tempo, o aluno que chegasse em casa depois de ter apanhado da professora, apanhava da mãe outra vez.

Muito comum as professoras incentivarem os pais a endurecerem com seus filhos. Sugerindo as surras e castigos cruéis de forma subliminar. Todo adulto que espanca foi uma criança espancada, e em princípio ou pela mulher ou com o incentivo dela. O homem vai na onda.

Recentemente vem a lei contra a palmada, onde as mulheres foram as suas principais opositoras.

Alegam que o Estado estaria lhes tirando o direito de educar seus filhos. Ora se o filho é dos pais, então em briga de marido e mulher é problema conjugal. A lei Maria da Penha, também não faz sentido. O marido pode então bater na mulher se ela queimar o jantar ou esquecer de lavar sua camisa favorita? Um pai não pode estuprar, que o corpo da filha não é propriedade dele, mas bater em sua bunda para provocar dor na criança e satisfação nele, pode?
Tem até uma musica infame onde uma mulher canta que um tapinha não dói. Uma “palmada da mão de um adulto em uma bunda pequena e tenra não dói?

Quando a criança depois de passar por mães e professoras repressivas e que perpetuam a ideia que a criança para aprender tem que apanhar, natural que sejam homens que batam para ensinar. No facebook.com uma professora me surpreendeu quando ela arrotava seus diplomas de faculdade e afirmava que lamentava professora não poder bater em aluno, que ela apanhou e está viva e sem problemas.

É isso.

Parabéns para nós e espero que a mulher mude e que ela mesma lute pela cultura da paz.

A mulher pode, o dia em que parar de se considerar coitadinha e necessitada de apoio e um dia para comemorar, um dia só.

Que a cultura da paz comece pelas mulheres, o resto é consequência.
 

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