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Publicado: Sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Quantas coisas "deixamos passar"?

“O tipo desce na estação de metrô vestindo jeans, t-shirt e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora rush matinal”.
 
Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos transeuntes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
 
Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a ‘bagatela’ de 1000 dólares.
 
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar rápido, copo de café na mão, telemóvel ao ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
 
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. Conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
 
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de glamour. Somente uma mulher reconheceu a música… O vídeo da apresentação no metro está no You Tube com o título: Stop and Hear the Music! http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw
 
Matéria retirada dos posts no Blog do deRose

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