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Publicado: Terça-feira, 17 de maio de 2011

Quando os pais ajudam a escola a errar

A Escola Estadual Daneil Verano, em Votorantim, expulsa aluno de 11 anos, segundo a grande imprensa, incluindo a Rede Globo, é claro. Dá notícia como se fosse a coisa mais natural do mundo. Aceita e incentiva a prática, na medida em que não questiona a legalidade da atitude da escola pública de São Paulo, imoral e falida. Os pais errando também. No fracasso da escola pública, todos são culpados e os pais também. Pressionam a direção para expulsar os alunos que praticaram o bullying.

Normalmente, a escola ordinária sempre usa o medo dos pais que seus filhos andem em má companhia e o medo que os pais tem com a segurança de seus filhos, jogando pais contra pais. Os pais imaginam que se na escola só tiver aluno bonzinho seu filho estará salvo. Ledo engano! Mas a escola se vale desse engano e sempre que vai expulsar um aluno, fala para os outros pais que aquele aluno é uma laranja podre e que é má influência para os outros.

Os pais se esquecem que nas voltas que a vida dá, amanhã seu filho pode estar numa situação difícil e terá o mesmo tratamento que o aluno que ela ajudou a massacrar. Uma família decidiu que seu filho, acusado de participar do bullying, não vai mais estudar em lugar nenhum. Como assim?

Os pais não são donos do filho e não podem decidir e retirar dele seu direito garantido pela Constituição Federal. Sempre se aconselha os pais a ficaram do lado do seu filho, mesmo quando ele erra, que errar é humano. Adulto também erra. Não ficar do lado do erro.
O aluno então já tem duas forças contra ele: a família e a escola. Esse está perdido mesmo.
A família para mostrar que é severa e presente se volta contra seu filho no momento em que ele mais precisa dela. Com as bênçãos do Conselho Tutelar, criado para defender os direitos da criança e do adolescente.

Nesse quadro, aluno de escola pública não tem nenhuma chance.
 

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