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Publicado: Sábado, 18 de setembro de 2010

Qualidade eleitoral

Crédito: Internet Qualidade eleitoral
Quantidade nem sempre é qualidade.

Desde a última eleição presidencial, o número de eleitores no Brasil cresceu cerca de 8%. Em números, significa que aproximadamente 135 milhões de brasileiros estarão aptos a votar no mês que vem. Desse total, cerca de 10 milhões são eleitores “fantasmas”, segundo afirma o próprio Tribunal Superior Eleitoral.

Finalmente há mais mulheres votando do que homens, com um percentual de 51%. Apenas em quatro Estados brasileiros há mais eleitorado masculino que feminino: Roraima, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso. São Paulo continua sendo o maior colégio eleitoral da federação, com 22% do eleitorado. Em seguida aparecem Minas Gerais (10%) e Rio de Janeiro (8%).

É um mar de gente pra votar. No dia da eleição veremos novamente aquelas imagens na televisão: filas e filas de pessoas cumprindo o dever cívico de participar da festa da democracia com o voto. Graças à urna eletrônica, tudo correrá sem confusão. E ao fim do dia começará a apuração.

Como sabemos, quantidade não significa qualidade. A qualidade dos nossos candidatos continua questionável. Grande parte é formada de aventureiros, pessoas que desejam apenas enriquecer e não contribuir para a evolução da sociedade através da política.

Por outro lado, a qualidade do eleitorado também não é das melhores. Continuam existindo pessoas que vendem ou trocam o voto por favores materiais ou financeiros, em todos os cantos do país. Pior: há quem veja nisso uma espécie de emprego, comprando eleitores para candidatos em troca de remuneração.

Tal imoralidade não se concerta com tecnologia e sim através da conscientização. Vagarosamente, é preciso criar novos hábitos no eleitorado e acabar de vez com qualquer resquício dos tempos do voto de cabresto.

Quando tivermos eleições nas quais quantidade e qualidade se equilibrem, quem sabe o povo consiga realmente mudar as coisas através do voto?

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