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Publicado: Sábado, 24 de novembro de 2012

Q.I.!! Q.E.?! Q.S.?? Inteligência Humana - Parte I

Q.I.!! Q.E.?! Q.S.?? Inteligência Humana - Parte I
O Cientista Einstein possuía Q.I. próximo de 160!

Nos próximos três encontros, eu gostaria de trazer explanações, conceitos, curiosidades e aplicações do Quociente Intelectual (Q.I.), da Inteligência Emocional (Q.E.) e da mais recentemente debatida e estudada Inteligência Espiritual (Q.S.), que trata do conjunto de competências que permitem ao ser humano enxergar a sua vida de maneira sistêmica e integrada, encontrando nela um sentido e propósito final! Comecemos então, pelo polêmico, porém conhecido e reconhecido, Quociente Intelectual.

Segundo Luiz Machado, autor da obra Q.I. Não é Inteligência – A Destruição de um Mito, a inteligência humana está muito além (muito mesmo!) do que qualquer teste de Q.I. pode medir.  Ainda segundo Luiz, nossa inteligência é muito mais complexa e ampla do que as nossas habilidades cognitivas (definidas pela colega, escritora e pesquisadora Eliana Gavioli, como as habilidades que nos permitem aprender em toda e qualquer situação) e, na verdade, o que se mede por aí em testes são apenas algumas formas de inteligência. Entenda, portanto, que obter um resultado alto em um teste de Q.I. não faz de você alguém muito inteligente com grandes chances de sucesso na prática e, o contrário (que é muito pior!), não determina uma sentença de insucesso por pouca inteligência. Testes de Q.I. não medem todas as formas de inteligência e nem como elas se manifestam na prática, eles medem partes da inteligência humana desempenhadas em idade escolar. Seguem alguns tipos de inteligência medidos:

·         Inteligência espacial

·         Inteligência matemática

·         Inteligência de linguagem

Para clarear mais, pense que há diversos tipos de inteligência, porém apenas algumas delas ligadas a habilidades intelectuais são medidas isoladamente pelos testes (por isso o nome quociente intelectual muito melhor se adapta a Q.I. do que quociente de inteligência!). Imagine agora que esse conceito muito maior e complexo, que é a inteligência humana, possui suas relações e integrações em uma visão sistêmica. Conseguiu? Diante disso, obter pontuação de gênio em um teste de Q.I. pode não representar muito na prática!

Os Idiots Savants (deficientes mentais sábios) são indivíduos que possuem um tipo de inteligência muito acima da média, em detrimento das demais, que geralmente são deficientes, sendo mais comumente encontrados idiots savants com uma inteligência lógico-matemática extraordinária. Eles são capazes de responder prontamente qual o dia da semana em que caiu uma data qualquer do início do século passado, mas não conseguem amarrar os cadarços do próprio sapato. Incrível, não?

Agora você pode fazer um teste de Q.I. tranquilamente! O resultado não refletirá verdadeiramente a sua inteligência! Como já foi dito, o número que você obtiver refletirá um medidor imperfeito de parte da sua inteligência ligada a algumas de suas habilidades cognitivas! Ele não traduzirá seu potencial de criatividade, inteligência interpessoal ou intrapessoal, nível de conhecimento ou sabedoria e muitos outros aspectos incansavelmente discutidos e debatidos como sendo parte do supracitado todo muito maior que é a inteligência humana!

Mas e aquele número do teste de Q.I.? O que ele significa? Ele pode aumentar? Os testes não medem quantidade de conhecimento e/ou sabedoria e estudos apontam que o número, portanto, pouco varia ao longo da vida, salvo raras exceções nas quais estímulos externos em crianças podem proporcionar pequenos incrementos numéricos. A pontuação final é produto de cálculos numéricos comparativos com a faixa etária do indivíduo e, em média, apresentam-se valores da ordem de 90 a 110. Pontuações muito maiores apontam potência intelectual muito acima da média (genial, segundo alguns testes!) e muito menores apontam deficiências intelectuais nas inteligências medidas.

Gostaria de fechar a parte I dessa série com uma reflexão compartilhada novamente pela colega Eliana Gavioli: “o ser humano é muito complexo para que um conjunto de testes seja capaz de medí-lo”. Eu a complemento dizendo que, mais do que complexo, ele é uma criação perfeita e singular com uma pluralidade de inteligências e potencial dignos de sua verdadeira origem! 

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