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Publicado: Quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Professora, desculpa por meu filho ter morrido

Sempre costumo recomendar aos pais que fiquem do lado de seus filhos mesmo quando eles estão errados. Não do lado do erro, mas para que ele saiba que pode errar e consertar o erro.

Errando é uma forma efetiva de aprender, também.

Os pais de alunos fazem o contrário. Ficam sempre do lado da escola Mesmo quando a professora está errada, mentindo e incitando os pais a baterem em seus filhos.

Os pais quase sempre obedecem a professora, para mostrar que são pais presentes. Se não espancam seus filhos fazem coisas piores.

Muito comum professora mentir, muito comum mesmo.

Ser humano que é e sem nunca ser cobrada e sendo inimputável professora fica solta para dar lugar a toda sua covardia e defeito de caráter. Se é uma educadora é lucro. Uma educadora não prejudica aluno, não fala mal do aluno para seus pais e é serena, e faz isso por convicção, não por ser cobrada. Uma educadora não precisa ser fiscalizada por ninguém.

A imprensa se encarrega de santificar a professora e demonizar o aluno de forma categórica.

Professora está sempre certa e aluno está sempre errado, mesmo calado e quietinho, basta a professora não ir com a cara dele, e ele está perdido. Ela leva o nome dele na sala de reuniões de professores e entrega para os colegas. É o fim para o aluno.

Nesse caso do aluno que atirou na professora e se matou é um caso típico.

Claro, lógico. Evidente que esse aluno era perseguido, humilhado, ofendido.

Claro que não podia contar com seus pais.

Nessa conduta do pai diante das câmaras alegando que vai pedir desculpas para a professora que teria provocado a morte de seu filho, deixa bem claro.

Esse é como a maioria dos pais. Se o filho reclamasse da professora ou viesse reclamação dela, pode ser que não fosse ouvido,nem considerado e ainda seria punido.

Assim vai o aluno, que já entra na escola com duas inimigas declaradas e implacáveis: a escola e sua família.

O pai estar disposto a pedir desculpas para a professora foi uma atitude que deixou mais dúvidas a respeito do tratamento que o aluno recebia dos pais diante das queixas da escola e da professora. Queixas que elas agora negam. 

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