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Publicado: Quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Prestação de contas à Alesp

A última vez que o Secretário de Educação de São Paulo foi na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), ele distribuiu entre as profissionais de educação uma cartilha que depois ele enviaria para as escolas.

Era a cartilha dos Corvos, com uma pomba branca na capa, como tudo na escola pública, os abutres sendo tratado como anjos diáfanos.

Nessa cartilha ele deu o tiro de misericórdia nas escolas públicas, permitindo que elas expulsassem, suspendessem e transferissem compulsoriamente os alunos.

As escolas esvaziaram, se a revelia da lei a escola expulsa e suspenda adoidada, imagina com uma cartilha oficial autorizando.

As escolas terminaram o ano com um montão de alunos nas listas e pastas, mas na sala mesmo, uns dez por cento.

Não deu mecanismo nenhum para o povo fiscalizar a escola.

Os Conselhos de Pais e Mestres continuaram sendo uma quadrilha na maioria da vezes. Que um grupo de pessoas que se reúnem para violar a lei é uma quadrilha, não encontro ou outro nome mais suave.

A banda podre da escola pública ganhou um força que não se podia imaginar nem em nossos piores pesadelos.

O exemplo são as cinco escolas da Diretoria Sul 3 na Região de Parelheiros, São Paulo, não que seja só ali, toda escola da periferia de São Paulo e nos bolsões de pobreza estão dominados pela banda podre. Só que ali tem o caso que acompanhamos passo a passo da Escola Lucas Rosquel Rasquinho onde a banda podre colocou a diretora que viera para moralizar a escola para correr.

Tudo dominado pela Banda Podre, e não foi falta de cantarmos a bola.

Acertou pouco. Digamos, que errou no atacado e acertou no varejo.

Acertou pouco mas vamos pontuar.

Deu um jeito na lei que mandava professor temporário embora depois de um ano de trabalho, ele teria que ficar um ano fora e depois voltar.

Seriam 23.000 professores na rua. Com eles nem me preocupo tanto, mas se são 23.000 professores na rua, quantos alunos ficariam sem aula? Para contratar outros e ganhar R$7,00 por ala ficaria difícil.

Contratou estudantes de faculdade, para lecionar a matéria que cursa na faculdade.

Só que esses professores estudantes só funcionam bem nas escolas onde a banda podre opera fracamente, onde a direção tem o mínimo de pulso, nas escolas ditas de excelência, nas escolas da periferia se contaminaram e também não fazem quase nada, como na Lucas Rosquel Rasquinho, onde a maioria muito bem orquestrada por uma meia dúzia dominou a escola.

Nas escolas da periferia, ou a direção se faz de morta ou cai fora.

A maioria se faz de morta, assina ponto uma vez por semana e deixa a escola não mão da Banda Podre que deita e rola. O gato sai, os ratos fazem a festa. Nada mais natural quando se trata de seres humanos.

É isso, ainda tem muito que falar na gestão desse homem que foi Ministro da Educação, com vasto conhecimento teórico, bem articulado politicamente, mas que não teve pulso suficiente para começar a limpa pelo quintal de sua casa. Ou seja, a própria Secretaria de Educação.

Ficou ali meio esquecido no ninho de cobras onde tem também muita gente boa e bem intencionada, mas a minoria, infelizmente que precisavam de um Secretário forte, firme e com muita coragem…não aconteceu.

Espero que ele vá com Deus, e faça um bom trabalho onde for, mas que não deixou nem um pingo de saudade….

Estamos com o Coordenador da Cogesp. Senhor José Benedito, que faz o que pode e podemos dizer que é um homem probo. Veio de outra secretaria e não está com a boca torta pelo cachimbo, mas se não tiver ajuda, seu trabalho vai acabar definhando e com certeza sua boca vai entortar também…

Vai com Deus secretário Prof. Paulo Renato de Souza…

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