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Publicado: Sábado, 2 de junho de 2007

Prescindindo de Deus

Somos o maior país católico do mundo. Infelizmente, o catolicismo que praticamos é muito fraco e diversos são os fatores que contribuem para isso. Não dá mesmo para abordar o tema em profundidade em pequeno artigo ou crônica, mas apenas salientar aspectos que consideramos mais importantes para o momento.
 
Na verdade, a doutrinação midiática tem conseguido impor a ideologia que prega, ou seja, sociedade completamente laica, onde a presença de Deus somente entra como notícia fática. Fizeram, por exemplo, pesquisa sobre o que consideram fatores da violência: pobreza, desigualdades sociais, falta de policiamento etc. e jamais pensaram em colocar o item falta de educação moral e religiosa.
 
Aliás, esse item, sem dúvida o mais importante, não seria respondido adequadamente, pois o povão não teria condições de opinar sobre o que não lhe é ensinado há muito tempo e apenas se encontra consolidado nos subterrâneos da consciência.
 
Pobreza nunca será causa de violência, pois na Índia, país dos mais pobres do mundo, os índices de violência são baixos. Desigualdades sempre existirão, e o sonho do comunismo de Marx foi por água abaixo. Questões de falta de policiamento, impunidades, branda aplicação de penas etc. são de aplicação a posteriori, ou seja, não constituem causas, mas métodos a serem observados no combate à violência e ao crime.
 
A ausência da religiosidade, a vida secularizada completamente distanciada de Deus está aí a exibir os seus dolorosos quadros que há décadas atrás jamais se imaginariam: tiroteios freqüentes em cidades importantes no meio da população despreocupada, balas perdidas atingindo, matando ou ferindo pessoas de todas as idades! Aonde está o progresso da civilização ou o que adianta o avanço da modernidade com todo esse séqüito de horrores?
 
Como explicar essa mesquinhez do homem senão verificando que esse mesmo homem redimido prescinde da existência de Deus e se assoberba na grandiosidade do mal? Aonde iremos parar? O que nos espera? Aí está o psilone da questão, porque a Redenção já aconteceu e as malévolas forças recrudescem sem cessar. A esperança é a misericórdia divina, mais uma vez apoiada naquele diálogo com Abraão, onde afirma a não destruição total da cidade (Sodoma) se houver apenas dez justos para serem salvos. (Cfr. Gênesis, XVIII, 22/30).
 
Precisamos, portanto, com urgência, intensificar o aumento desse número de justos e dessa forma revertermos à situação angustiante em que nos encontramos. Está no tempo de pararmos de ser omissos e não precisarmos mais de exemplos cruéis para entender que somos criaturas da Divindade, que estabeleceu o seu rol de exigências a serem cumpridas, no sentido de se encontrar a felicidade ainda a partir deste mundo.
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