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Publicado: Quarta-feira, 14 de março de 2018

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REFLEXÃO DOMINICAL – 18.12.2018

5º. da Quaresma – Liturgia: Ano “B” de Marcos

Evangelho segundo João (12, 20-33)

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“””   Naquele tempo, havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém para adorar durante a festa.

Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram:

“Senhor, gostaríamos de ver Jesus”.

Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus.

Jesus respondeu-lhes:

“Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado.

Em verdade, em verdade vos digo, se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo: mas, se morre, então produz muito fruto.

Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna.

Se alguém me quer seguir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará.

Agora, sinto-me angustiado. E que direi? ´Pai, livra-me desta hora´? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. Pai, glorifica o teu nome!”

Então, veio uma voz do céu:

“Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!”

A multidão que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão.

Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”.

Jesus respondeu e disse:

“Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”.

Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.    “”

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Não foi pouco nem pequeno o sofrimento impingido a Jesus, como se verá daqui alguns dias, em todo o processo rápido e indefeso, que culminou com sua crucifixão e morte.

Imagine-se então desde os primeiros sinais de que o instante fatal se avizinhava e os apóstolos e seguidores seus na verdade pouco entender de suas palavras. Essa fase, tão dura como todos os detalhes que ainda viria a sofrer, fora angustiante. O prenúncio da Paixão. A dor moral, que punge às vezes com maior acinte que os golpes físicos.

Num mesmo momento pede lhe seja afastado cálice amargo e de imediato se entrega e suporta a paixão em toda sua crueza.

Conquanto pouco assimilável aos vivos de outrora e a nós outros já sabedores da Paixão na crueza de seus detalhes, ainda assim, frequentemente, não levamos em conta as tantas dores de Jesus e nos acomodamos.

É o perigo de às vezes virmos tudo como espetáculo comovente sim, mas prontamente esquecido no júbilo passageiro do Domingo de Páscoa.

Mas será sempre tempo de nos mantermos íntimos de Jesus.

Por assim dizer, a mão do Mestre está sempre amorosamente repousada no ombro do cristão fiel. Se errarmos, poderia parecer que sua mão se recolhe, sim, talvez, até porque ele nunca se impõe. Mas meio metro atrás, ele não o abandona.

Espera a sua volta.

                                                                                     João Paulo

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