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Publicado: Quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Prazer, Lazer, Paz

O mundo, ao que parece, deseja ardentemente viver mergulhado em prazeres o que exige procura contínua de momentos de lazer. A paz exigindo mais esforços para ser conseguida é marginalizada, somente vindo merecer atenção quando se encontram esgotadas todas as artimanhas em busca de prazeres ou distrações.

O tema me veio à reflexão porque me sentiria disposto a cogitar de assuntos mais profundos, filosóficos ou religiosos, pois diariamente vejo, tomo conhecimento e sofro com o que ocorre com o meu semelhante e não tenho condições de promover qualquer tipo de ajuda.

Quando jovem tive a felicidade de encontrar a sociedade brasileira em áureos tempos de boas perspectivas: tudo parecia evoluir bem para quem estudasse, trabalhasse, seguisse os básicos princípios de honestidade ínsitos no comportamento da população de nítida maioria cristã-católica.

Mas, sem perceber, com o passar do tempo, com o aperfeiçoamento do cinema e advento da televisão, tudo foi se modificando com o abusivo e insinuante ensinamento das imagens: permissivismo agradável e contagiante paulatinamente se instalou na sociedade.

As “forças ocultas” foram saindo vitoriosas e a religiosidade que até então “segurava as pontas” foi se debilitando cada vez mais, nos dias atuais se assemelhando a aves e pássaros encolhidos debaixo de chuva. Desta forma essas vitoriosas forças continuam investindo na conquista de adeptos que, frágeis que são, se deixam envolver pelas artimanhas do prazer.

Lazer e prazer, legítimos e necessários na vida humana, dentro de conceitos normais e naturais, são desvirtuados pelos opositores do bem que incentivam cada vez mais sejam, ambos, considerados como o próprio Bem! Não há necessidade de especificar mais.

A paz, que é a tranquilidade, a consciência do dever cumprido com o auxílio das próprias forças resulta em grande satisfação pessoal, inequivocamente nos possibilitando imenso prazer. Lazer, com plena paz, talvez seja o coroamento da felicidade relativa possível neste mundo.

A administração do prazer e do lazer, desprovida do senso religioso, em virtude da evolução e modernização dos costumes desemboca no expurgo de Deus de nossas vidas. É o trabalho ardiloso, maquiavélico daquelas forças, pois lentamente vão sugerindo que os mandamentos divinos são obsoletos, anacrônicos, incompatíveis com os progressos da atualidade.

Com preocupação sinto que em seus avanços, nem sempre adequados, o feminismo ultramoderno parece insistir na absoluta igualdade entre o homem e a mulher como criaturas de Deus, talvez vindo a considerar como mito, não como verdade, o fato de Eva ter se originado da costela de Adão.

Essa realidade fática nos faz reflexionar que entre o homem e a mulher não são apenas as diferenças físicas que existem, mas há a dogmática, a anterioridade genética da criação, que jamais poderá ser alterada, sendo que a última palavra a ser pronunciada, em eventual confronto ou divergência entre os sexos, sempre será a masculina.

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