Porque procurar um psicólogo
Muitos alunos me procuram no sentido de orientá-los quanto à procura de um psicólogo: quando devo procurar um psicólogo? Como é que funciona a terapia? Eu tenho vergonha de falar sobre mim mesmo! O que ele vai pensar de mim?
O momento para procurar um psicólogo é quando aparece uma necessidade; ou seja, quando há problemas ou dificuldades que parecem impossíveis de se resolver, quando há algum tipo de sofrimento para a pessoa ou mesmo para o autoconhecimento, valorização profissional, orientação vocacional e profissional.
O psicólogo é um profissional preparado para ajudar seja em momentos de conflitos e sofrimento ou mesmo na busca do autoconhecimento.
Uma das principais funções do psicólogo é realizar o psicodiagnóstico no sentido de compreender o funcionamento global do paciente, a estrutura da personalidade para então propor uma forma de “tratamento” ou “trabalho” adequada a cada pessoa e suas necessidades.
Uma outra atividade seria o acompanhamento psicoterapêutico onde o psicólogo adota uma postura de suporte e contenção procurando criar, em conjunto com a pessoa, estratégias de intervenção psicológica para diminuir, aliviar e até extinguir o sofrimento da pessoa, de modo a restabelecer o bem-estar e o equilíbrio emocional.
Só pessoas que tem “problemas” procuram um psicólogo?
Nem sempre, o psicólogo também auxilia a pessoa na busca pelo autoconhecimento, podendo não estar diretamente relacionado a um “problema”. Ainda existe o trabalho de orientação vocacional e profissional onde o psicólogo busca ajudar a pessoa a tomar um maior conhecimento de si mesmo para fazer algumas escolhas relacionadas a profissão ou a futura profissão. Muitas vezes também recebemos em nosso consultório profissionais que queiram se desenvolver em sua carreira, ou mesmo desenvolver suas potencialidades.
O psicólogo, na relação terapêutica, não realiza julgamentos mas sim, estabelece um vínculo de confiança, compreensão, procurando dar condições para que a pessoa possa ampliar seu campo de visão no sentido de pode "viver" sob novas perspectivas, tomando conhecimento de suas características, potencialidades e limites em prol de seu crescimento e desenvolvimento pessoal.
Quando recebemos o paciente no consultório, estamos ali, disponíveis às suas expressões, manifestações e necessidades, escutando-o em sua singularidade. Para tanto o estudo constante é de extrema importância para propiciar um atendimento de qualidade.
Por várias vezes, utilizei aqui a palavra “paciente”, porém na relação terapêutica o “paciente” é muito ativo, pois somente através de sua disponibilidade e movimento é que as mudanças podem acontecer. A relação terapêutica pressupõe que haja participação de ambas as partes para atingir os objetivos propostos.