Por que o Enem tem 180 questões?
Com certeza, uma das maiores dificuldades do Exame Nacional do Ensino Médio, é conseguir realizar 180 questões multidisciplinares mais redação em 10 horas de prova, obrigando o aluno a fazer cada questão em menos de 3 minutos.
O que estaremos esclarecendo, nesse singelo artigo, é a causa, motivo, razão ou circunstância do ENEM ser tão longo, denso e comprido.
O exame surgiu em 1998, com o objetivo de avaliar estudantes do ensino médio. Após seis anos, o mesmo MEC elaborou um programa de bolsas de estudo, para estudantes advindos da rede pública de ensino, em faculdades privadas de todo o país. O projeto ficou conhecido como PROUNI (Programa Universidade para Todos).
Nesse momento, o Enem era composto por 63 questões mais redação, mesmo porque, até então, o exame somente tinha o objetivo de atender os estudantes oriundos de escola pública, via Prouni, possibilitando o ingresso a Faculdades Particulares.
Em 2009, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, criou o advento do “Novo Enem”, e, a partir desse momento, o Enem tornou-se o “vestibular” das Universidades Federais e todos os estudantes que almejavam o ingresso a essas instituições de ensino, teriam que prestar o Exame Nacional do Ensino Médio.
Ou seja, a partir de 2009, o Enem começa a absorver não só os estudantes que pleiteiam uma vaga em uma faculdade particular, com bolsas de estudo, via Prouni. Mas também aqueles que aspiram a uma Universidade Federal.
Dessa forma, o raio de atuação do Enem cresce consideravelmente e por consequência, o número de questões do exame, que antes era de 63, agora passa a ser 180.
Fazendo com que o exame possa abranger desde os cursos menos concorridos de Faculdade Particulares, via Prouni, como os mais concorridos das Universidades Federais.
O que é mais importante, é o estudante saber que dentre essas 180 questões, terá 4 grupos de 45. 45 de Matriz Linguagens Códigos e suas Tecnologias, 45 de Matriz Matemática, 45 de Matriz de Ciências Naturais e 45 de Matriz de Ciências Humanas.
E mais, dentre essas 45 de cada Matriz, existem 3 grupos distintos de questões: 15 fáceis, 15 médias e 15 difíceis. Deixando bem claro a intenção do exame em estar abrangendo, desde os cursos menos concorridos até os mais concorridos.
Até 2010 o Enem colocava as questões ordenadamente. Primeiro as 15 fáceis, depois as 15 médias e por fim, as 15 difíceis. Era bem nítido, quando passava da 15ª para a 16ª e da 30ª, para a 31ª questão, a mudança no grau de dificuldade de um grupo para outro (as 15 primeiras eram fáceis, da 16ª a 30ª era média e da 31ª a 45ª eram mais difíceis).
Porém, em 2011 as questões vieram todas “embaralhadas”. Existiam questões difíceis no começo e fáceis no fim.
Dica: O estudante que fizer o Enem terá que saber distinguir esses 3 diferentes graus de dificuldade das questões. E, ao fazer isso, deverá começar a resolver as questões pelas questões fáceis, depois as médias e por fim, as difíceis.
Se elas vierem na sequência, como era antes de 2011, ficará mais fácil. Caso contrário, o estudante terá que fazer um lida rápida de toda a prova e assinalar quais são fáceis, médias e difíceis. É um trabalhinho que vai dar, mas poderá ser o diferencial para realizar um bom exame.
Por vários motivos:
- É bem possível que não dê tempo para fazer todas as questões. Isso mesmo. Quem for prestar o Enem deve estar ciente que é muito difícil fazer 180 questões em menos de 3 minutos cada. Dessa forma, o aluno deve priorizar as questões que tem condições de fazer e não as que não têm. E, conforme for terminando as fáceis e as médias, poderá começar a fazer as mais difíceis;
- As questões difíceis do Enem são do nível FUVEST. Ou seja, se o aluno começar a fazer as difíceis, poderá demorar 12 minutos para solucioná-la e por tal, já terá errado 4 questões, pois tem 3 minutos para resolver cada questão;
- Como dissemos as 180 questões servem para abranger desde os cursos menos concorridos, aos mais concorridos. Assim sendo, se o curso que o estudante pleiteia, não é de Uma Universidade Federal, do tipo Medicina, não tem necessidade de se preocupar em acertar as difíceis e sim as fáceis e as médias.
Esperamos com isso, estar proporcionando aos alunos um entendimento maior do que é o Enem e o que eles irão enfrentar e mais, como se preparar para não ser surpreendido.