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Publicado: Quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Política e futebol não se misturam

Política e futebol não se misturam

As seleções argentina e brasileira disputam hoje no Mangueirão, em Belém-PA, a taça Nicolás Léoz. Sim, o troféu dado ao vencedor do "Superclássico" leva o nome do presidente da CONMEBOL. Ou seja, pura politicagem! Um título sem valor algum, que foi criado para sustentar o ego do poderoso do futebol sul-americano! O futebol quando se entrega a política corre sérios riscos. Como, por exemplo, a Copa do Mundo de 2014.

O blog do jornalista Juca Kfouri informa um suposto jogo duplo para garantir a aprovação da Lei Geral da Copa, que permitirá alguns, como ele mesmo diz, "excessos exigidos" pela FIFA para que a competição ocorra em solo nacional. Acontece que nossa presidenta Dilma Rousseff (tô gostando cada dia mais dela, principalmente por sua postura firme) não está interessada em ceder em questões que batam de frente com as leis brasileiras. Ótimo, é assim mesmo que deve ser! Sou contrário a essa Copa, todo dinheiro investido com estádios e outras bobagens poderiam ser aplicadas em saúde, transporte de qualidade, educação etc. e etc. Mas os interesses de nossos representantes são outros, aliás, outro: o próprio bolso.

Voltando a vaca fria: o líder do governo na câmara dos deputados, Cândido Vaccarezza, está trabalhando para que o relator dessa "Lei da Copa" seja o deputado Vicente Cândido que, por uma infeliz coincidência, é um dos vice-presidentes da Federação Paulista de Futebol, aliada da FIFA e da CBF, principais interessadas na aprovação da Lei tal como ela está.

E outra: para que a Lei seja aprovada, espalham pelos bastidores a possibilidade da FIFA escolher outra sede para o campeonato mundial de 2014, numa clara tentativa de chantagear alguns políticos decentes (sim, eles ainda existem) para que essa Lei saia da maneira que atenda os interesses das entidades envolvidas.

O fato é que essa Copa não sairá do Brasil. Assim como o blog do Juca, também comemoraria se a FIFA escolhesse outro país para receber essa bomba. A Copa não deixará legado algum no país, apenas elefantes brancos e dívidas bilionárias.

Como disse no ínicio desse texto, o futebol quando se entrega a política corre sérios riscos. Pra falar bem a verdade, qualquer coisa quando entregue a política corre perigo...

Com informações do Blog do Juca.

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