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Publicado: Quinta-feira, 17 de abril de 2008

Plano Nacional de Turismo - Reflexões

O Governo Federal pretende criar até 2010, dentro das metas do Plano Nacional de Turismo, cerca de 1,7 milhão de empregos diretos no segmento do Turismo. O Plano tem projeções ambiciosas e que podem revolucionar o segmento no Brasil. Além disso, tem o objetivo de criar sustentabilidade, com a idéia de pretender reforçar a brasilidade, saindo do eixo sol e mar e, sobretudo, proporcionar a oportunidade da inclusão social, garantindo que todas as pessoas no País possam viajar, informa o Ministério do Turismo. Aliás já “viajamos na maionese” há muito tempo, viajamos nos cartões, na impunidade, na corrupção, na saúde...
Mas, sonhar não é proibido. Vamos acreditar que o Plano vai ampliar a oferta de produtos com preços mais acessíveis. O Ministério do Turismo trabalha no sentido de incentivar o mercado interno, com a perspectiva de criar 217 milhões de viagens até 2010. Até o final do ano, devem viajar, segundo fontes do Ministério, cerca de 168 milhões de pessoas.
Para fazer com que tanta gente viaje, o Plano de Turismo trabalha especificamente em 65 destinos turísticos no Brasil com padrão de qualidade internacional. Esse número foi resultado de diversas ações em todo o País, que foram selecionando os melhores equipamentos, selecionando os destinos que mais se aproximam da necessidade do turista estrangeiro. Esses destinos, já previamente selecionados, serão indutores de fluxos, permitindo o crescimento de toda a cadeia turística. Embora grande, Itu fica longe desses destinos selecionados.
Os critérios utilizados é que são meio estranhos. Ficou definido que todas as capitais do País seriam incluídas como destinos turísticos e mais umas duas ou três cidades por cada Estado. Pasmem, o Estado de São Paulo, além da capital teve somente Ilha Bela incluída no Plano.
Para o Ministério do Turismo a expectativa é trabalhar no sentido de gerar mais US$ 3,7 bilhões em divisas até 2010. O cálculo faz parte de uma projeção feita  baseada em dados do Banco Central, que registra a meta de se alcançar divisas da ordem de US$ 5 bilhões com o turista estrangeiro, até o final deste ano.
 
Todavia, problemas de saúde pública, violência e ainda a falta de infra-estrutura adequada contribuirão para um menor número de turistas estrangeiros visitando o País. Os grandes investimentos de redes hoteleiras internacionais continuam se alicerçando nas nossas praias, especialmente no nordeste. Portanto, esses destinos continuarão, ainda por muito tempo, gozando da preferência dos que não tem Sol em suas terras de origem.
 
METAS AMBICIOSAS
 
O Plano define quatro metas desafiadoras que direcionam, segundo o governo, para um crescimento sólido do turismo no País.
 
a - promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno em 2010;
b - criar 335 mil novos empregos e ocupações até 2008, e 516 mil em 2010;
c - gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas em 2010; e
d - estruturar 65 destinos turísticos com padrão de qualidade internacional até 2010.
 
Em 2006, como resultado do Programa de Regionalização, foram apresentados no “Salão do Turismo — Roteiros do Brasil”, 396 roteiros turísticos, envolvendo 149 regiões turísticas e 1.207 municípios de todas as unidades da Federação.
 
Desses 396 roteiros, 87 foram priorizados pelas unidades da Federação, para obtenção de padrão de qualidade internacional e, conseqüentemente, promoção do alcance das metas do PNT. Assim, o foco de atuação do Ministério do Turismo, em especial do Programa de Regionalização do Turismo e suas entidades parceiras em âmbitos nacional, estadual, regional e municipal são os 87 roteiros que contemplam 474 municípios de 116 regiões turísticas.
O que se propõe agora, no novo Plano Nacional do Turismo com metas até 2010 — Uma Viagem de Inclusão -, é a identificação de destinos com capacidade de induzir o desenvolvimento regional entre os 87 roteiros citados.
Isso significa que esses destinos serão priorizados para receber investimentos técnicos e financeiros do MTur e serão foco de articulações e busca de parcerias com outros ministérios e instituições.
A identificação desses destinos indutores foi realizada com base em critérios que consideraram:
– todas as unidades da Federação e suas capitais deveriam ser contempladas;
– cada unidade da Federação deveria ter no mínimo um e no máximo cinco destinos indutores de desenvolvimento turístico regional.
Para a escolha dos destinos foram consideradas as avaliações de diversos estudos e pesquisas que orientam a ação ministerial, tais como o Plano de Marketing Turístico Internacional — Plano Aquarela, o Plano de Marketing Turístico Nacional — Plano Cores do Brasil, além de outros estudos e investigações sobre investimentos do governo federal e sobre as potencialidades e necessidades desses destinos. Além disso, foram consideradas as referências relativas às demandas de qualificação e infra-estrutura apresentadas pelos representantes dos 87 roteiros turísticos durante o 1º Encontro Nacional do Programa de Regionalização do Turismo, ocorrido em Brasília, em outubro de 2006.
 
Como resultado desse processo, foram selecionados 65 destinos turísticos, que fazem parte de 59 regiões turísticas em todas as unidades da Federação. Esses destinos devem ser trabalhados até 2010 para a obtenção do padrão de qualidade internacional, constituindo, assim, modelos de destinos indutores do desenvolvimento turístico regional, sendo essa uma das metas do PNT até aquela data.
Para o Programa de Regionalização do Turismo, os destinos indutores de desenvolvimento turístico regional deverão ser aqu
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