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Publicado: Sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Patrões e empregados

Recomecemos o ano tecendo algumas considerações sobre tema corriqueiro, mas importante. Não vou escrever e falar sobre salários de empregados, 13º terceiro, salário, férias etc., mas fazer abordagem mais interessante, procurando atingir, temas essenciais, com reflexões simples de caráter humanístico-filosófico.
O empregado saiu de férias e terá de voltar em breve para o trabalho; não poderá deixar de fazê-lo, pois depende do mesmo para sua sobrevivência. Com isso, chegamos à conclusão que o empregado ocupa na sociedade, posição inferior ao patrão.
Se dermos um salto no tempo e pularmos para meados do século XIX, constatamos também que nessa época existia a escravidão! Pessoas originárias da África, negros, eram negociados tranquilamente e comprados como escravos, para prestar todo e qualquer tipo de serviço ao seu dono!
A religião católica, que sempre predominou no país, como encarava essa situação na época? Não tenho condições de adentrar o labirinto da história e vir a relatar o que se passou, sequer em seus ângulos de extremas e excêntricas curiosidades, tão em voga em nosso tempo.
No Brasil, a partir da terceira década do século XX, já sob o primado da democracia, onde pontifica a pétrea e vigorosa cláusula de que todos são iguais perante a lei, as conquistas laborais, introduzidas pelo governo Vargas, à classe dos empregados, operários, assalariados em geral, fez com que ficasse menos submissa e mais livre.
Não podemos admitir, porém, que a igualdade tenha sido implantada. Essa palavra, aliás, ainda precisa sofrer severo policiamento e polimento, pois resquício do comunismo (que deveria ser considerado extinto com a queda do muro de Berlim em 1998) continua sendo utilizada em larga escala, no afã de iludir iletrados e desafortunados.
Essa pretensa igualdade, jamais existiu ou existirá. Como repeti diversas vezes em textos anteriores, os homens são iguais exclusivamente em sua essência, pois no restante são completamente desiguais. Patrões serão sempre patrões e se algum empregado chegar a se tornar patrão, ipso facto o será de outros empregados, não de seu antigo patrão, que então o aceitará como colega.
Essa bipolaridade, patrões-empregados, mestres-discípulos, proprietários–inquilinos, praticamente consubstanciando tudo na expressão pobres e ricos, existente desde séculos imemoriais, não poderá ser marginalizada jamais, apesar dos contínuos esforços dos igualitários de todos os tempos, comunistas modernos e ultrademocráticos, que não cessam de propugnar de que todos somos iguais.
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