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Publicado: Quinta-feira, 21 de junho de 2012

Para entrar na história

Crédito: Marcos Ribolli / Globoesporte.com Para entrar na história
Zagueiro L. Castán comemora a classificação

Todo fã de futebol tem pelo menos um grande momento ou jogo gravado em sua memória. Os santistas da velha-guarda se recordam das glórias do Peixe de Pelé. Uma geração mais antiga de alviverdes saúda o divino Ademir da Guia na academia do Palmeiras. O tricolor jamais se esquecerá daquele São Paulo comandado por Raí, que fez história no início da década de 1990.

E o corintiano nunca se esquecerá dessa equipe comandada por Tite. Renascida das cinzas após a eliminação para o Tolima na 1ª fase da Libertadores do ano passado, o Corinthians deu a volta por cima, foi campeão brasileiro e agora chega, pela primeira vez em sua história, à final da principal competição sul-americana.

Apesar de nada ganho (ainda, tomara), o atual elenco corintiano deixou sua marca na história de quase 102 anos do Timão ao alcançar esse feito. Não importa o adversário, pois os dois jogos da grande final serão de arrepiar.

O jogo

Morno. Assim dá pra descrever o primeiro tempo. Com um Corinthians recuado demais, coube ao Santos tentar furar a forte defesa adversária. A tarefa era dura. O Timão parecia não querer jogar. O castigo veio próximo ao final do primeiro tempo, quando Neymar abriu a jogada e, após chute de Borges na trave, completou para as redes. 1 a 0 Santos, placar que encaminhava a semifinal para a disputa por penalidades máximas.

Mas Tite parecia não querer castigar demais o sofredor torcedor do Corinthians. Ele colocou Liedson no lugar de Willian, apagado na primeira etapa. O atacante não rendeu tanto, até pela má fase que passa, mas se tornou um referêncial na frente e incômodo a mais para a zaga do Peixe. Logo no início do segundo tempo, após bola alçada na área, Danilo teve frieza ao dominar e concluir para o gol. O empate em 1 a 1 classificava o alvinegro paulistano. No entanto, qualquer gol do Santos dava a vaga na final ao time comandado por Muricy.

Foi nesse momento que o Corinthians passou a jogar com o regulamento embaixo do braço. Fechado, a melhor defesa da história da Libertadores esperava a reação do forte ataque santista para, logo em seguida, contra-atacar. A estratégia deu certo, apesar do segundo gol que praticamente fecharia a conta não ter vindo.

Inusitado

Dois momentos inusitados mostraram porque o jogo de ontem já entrou pra história. O primeiro foi a "falta" do volante santista Adriano no gandula, que demorava para repor a bola. O segundo ocorreu no último minuto de jogo, quando o árbitro assistente Altemir Hausmann "grafitou" o gramado do Pacaembu com o spray utilizado para sinalizar posicionamento de bola e barreira durante a cobrança de falta. A curiosa cena do bandeirinha gaúcho você vê aqui.

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