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Publicado: Terça-feira, 10 de novembro de 2009

Palavras de salvação

33º Domingo Comum.
15 de novembro de 2009.
O evangelho do dia, como habitualmente acontece neste Ano “B”, salvo as eventuais e isoladas inserções de outros evangelistas, compete prioritariamente a São Marcos.
Versículos de 24 a 32, no Capítulo 13.

“” Jesus disse a seus discípulos:
“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus de uma extremidade à outra da terra. Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim também quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do homem está próximo, às portas. Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isso aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe,  nem os anjos do céu nem o Filho, mas somente o Pai”.  “”

Jesus profetiza, de cima de sua plena autoridade, que haverá um momento do ajuste de contas. Ajuste, quiçá uma expressão forte, porque na verdade o homem é que será julgado na conformidade da conduta pela qual tenha optado, dono que é do livre arbítrio.

A referência de um juízo universal, de data desconhecida e impenetrável, chega porém individualmente e num primeiro  momento, quando da morte.

Solvem-se mil problemas da humanidade, a ciência galga avanços inimagináveis, prolonga-se a longevidade humana sempre mais, porém tudo cede e se rende ao inexorável da morte. Labora em erro, portanto o homem que concentra todas suas atenções, ambição e busca de glória aqui embaixo.

O dom da vida – seja sim exercido na plenitude, com as alegrias legítimas e também sem revolta nos infortúnios sem aviso -  mas sempre e de qualquer forma, na inspiração das palavras eternas dos evangelhos. 

Afinal de contas, elas se resumem na confortável certeza de se constituírem exatamente em palavras de salvação.

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