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Publicado: Segunda-feira, 28 de julho de 2008

Pais Permissivos Filhos "Problema"

Pais permissivos filhos “problema”. Livro do professor Américo Menezes, com prefácio de Flávio Gikovate, médico – terapeuta.
 
Dei leitura a esse trabalho, que o professor Américo Menezes,  publicou, como  resultado de suas observações pessoais criteriosas de bom professor pedagogo. Numa época de laissez faire generalizada, não é sem coragem que vem a público  expressar o seu amor pela formação adequada dos filhos que serão pais e responsáveis por uma sociedade, que já não satisfaz a ninguém... Filhos “problema” terão sempre existido e problemas sociais idem. Mas o resultado da prática indiscriminada das novas ou modernas “receitas” pedagógicas, que são certamente uma contribuição para o professor que não abdica de sua capacidade de observador, de pedagogo, de pensador criativo, de ser principalmente responsável, com os pais, pela formação ética, equilibrada, paralelamente à informação, é comprovada e estatisticamente um  desconsolo, quando aplicada displicentemente como crença inamovível, definitivamente completa, acabada, e, não como auxílio à prévia reflexão em casos específicos... Disciplina com amor, dá muito mais trabalho, mas é o único princípio racional admissível para EDUCAR. 
 
Reprimir automática e autoritariamente apenas e simplesmente, sem comunicar pelos sentidos simultaneamente, que algo mais que repressão está sendo transmitido, que pai, mãe ou professor, por mais amigos que sejam, não são propriamente coleguinhas da Escola, sobretudo num mundo em que a ciência nos fala do primado da Inteligência Emocional, e da relatividade da importância dos Q.I., é de problemática e questionável e difícil eficiência. É preciso, é imperioso a criatividade! Jamais passividade! Às vezes, muito excepcionalmente, nada é mais criativo que umas justas, oportunas ou amorosas palmadas, imediatamente em cima do fato reprimível. Que a educação que começa com o pai e com a mãe, seja o produto da harmonia dos casais, da discussão sensata e cordial, buscando o ponto unificador e não as discrepâncias. Quando há divergência entre o casal, há que conversar e, conversar com a alma nas mãos, em busca da COMUNICAÇÃO dialogante, jamais da  IMPOSIÇÃO desrespeitaste! Quando se trata de EDUCAR, sobretudo na educação do caráter, a harmonia ambiental no lar, de princípios e estratégias são de fundamental importância. É mesmo imprescindível!!! Os filhos estão sempre por perto, de ouvidos bem abertos e com a sensitividade e sensibilidade de portentos a inferir palavras atos e pensamentos. O que os filhos  inferirem da verdade dos pais, dos professores e pedagogos, dos seus olhares e coerência de atitudes, da familiaridade natural com o diálogo de princípios, regras e objetivos, mesclados na autenticidade da atmosfera de amor, valores e ideais, fará com que os problemas dos filhos, quais sejam eles, os filhos únicos crescidos em ambientes pouco pedagógicos, sem amor e/ou amor, e/ou rigor exagerado, sem o contexto cultural de cidadania coletiva, os filhos “problema”, os filhos de pais permissivos, deixem de contaminar a sociedade e comprometer o seu futuro. É o que obviamente fará com que os disciplinados acatem, aceitem, compreendam a ação dos atos disciplinares, porque aceitarão compungida e/ou intelectivelmente, que alguma regra específica ou princípio previamente dialogado, absorvido, entendido, pactuado, vivido na própria coletividade do lar e da escola, em momentos apropriados da vida comum, tenha sido unilateralmente desconsiderado ou infringido por eles.
 
Autoridade moral, amor verdadeiro e boa disciplina é a temática do professor Américo Menezes, e acho que seu livro é uma excelente contribuição, aos que com o espírito do Amor se dedicam vocacionalmente a essa tarefa, às vezes tão ingrata da EDUCAÇÃO. Parabéns pelo trabalho, coragem e dedicação. O livro merece e precisa ser difundido!
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