Publicado: Sexta-feira, 25 de julho de 2008
Os patriotas do esporte
Sempre fui apaixonada por esportes. Desde criança gosto de assistir aos jogos que passam na tv, e quando é possível vou pessoalmente torcer pelos meus times favoritos em estádios e ginásios. Mas, com o passar dos anos, essa freqüência caiu, e muito. Em outros tempos, me esforçaria ao máximo para prestigiar os ituanos defenderem a nossa cidade durante os Jogos Regionais. Coisa que fiz poucas vezes nessas competições, mesmo Itu sediando a 52ª edição.
Nas poucas vezes que “ajudei” a formar o pequeno grupo de ituanos que torciam por ituanos, percebi que dentro de mim algo ainda estava bastante vivo, assim como nos velhos tempos, não tão distantes assim. Meus preferidos sempre foram os esportes coletivos, principalmente vôlei. Antes de descobrir minha verdadeira paixão – o jornalismo -, eu queria defender a nossa seleção, achava lindo. Feliz ou infelizmente isso não passou de um sonho.
Pensando na grande emoção que eu sinto ao assistir jogos de Itu, São Paulo e principalmente do Brasil, e na “repentina” mudança que isso traz nas nossas vidas, me deparei com uma triste verdade. Quando se trata de esportes nós brasileiros sempre somos mais patriotas. Infelizmente o patriotismo da grande maioria para por ai. É uma pena que o Brasil só se cubra de verde e amarelo a cada quatro anos, durante a Copa do Mundo. Mas, e os nossos representantes no esporte, será que eles são patriotas? Posso estar errada, mas, na minha opinião, a grande maioria deles são apenas astros muito bem pagos que vivem distantes da realidade brasileira.
O patriotismo de verdade é muito mais do que se descabelar por jogadores que carregam o nome do Brasil em troca de um salário milionário. Ser patriota é fazer críticas que visam à mudança, não do técnico ou dos atletas, mas mudanças que tornem o Brasil não só o país do carnaval, do futebol e de mulheres bonitas, mas um país símbolo principalmente do bom caráter.
Comentários