Colunistas

Publicado: Domingo, 18 de julho de 2010

Os menos favorecidos

Interessante tema para reflexão é considerar que a maioria da população vive com poucos recursos, fugindo dos padrões falsamente apregoados pela mídia de que impera saciedade e até conforto econômico.

Tanto é a publicidade sobre venda de automóveis, demais utilidades domésticas e, atualmente, até de imóveis (financiamentos abundantes) que chegamos a imaginar que não mais existe a pobreza. Ledo engano! A multidão dos menos favorecidos é enorme.

Os mais favorecidos pela Providência Divina, em meditação consciente sobre a própria realidade, muitas vezes se quedam abismados sobre a imensa diferença econômica existente, inelutavelmente motivando padrões de vida que jamais serão atingidos pelos menos favorecidos!

Nessa hora, aprofundando a meditação, chegaremos a concluir que o estado de pobreza é de muita dignidade, pois a religião que professamos nos ensina que o Filho de Deus, ao vir ao mundo, optou por nascer em simples manjedoura!

Desta forma dignificou o estado de pobreza, deixando bem claro que aqueles que o integram tem méritos e merecimentos preferenciais para conhecerem e aceitarem a mensagem salvífica.

Não há exclusividade, mas preferência, pois a mensagem de salvação é para todos os homens e mulheres, independentemente da própria situação econômica. Para perfeito entendimento desse contexto temos de nos servir daquela bem-aventurança “dos pobres de espírito”, ensinamento que destaca o denominador comum necessário para todo e qualquer indivíduo alcançar a salvação eterna, escopo do Cristianismo.

Isso não significa que devemos nos acomodar neste estado de pobreza, pensando que vivendo nessa situação, atrairemos graças com mais facilidades para o nosso objetivo final.

É necessário considerar que em outras  duas passagens evangélicas, Cristo afirma em uma  que veio trazer vida em abundância e em outra que o seu Reino não é deste mundo, apenas começa.

Reconstituindo o raciocínio inferimos que vida em abundância exige fartura e conforto (não os excessos) e começando já neste mundo há necessidade de tomar as providências para que tal ocorra desde já.

A essa altura há necessidade do predomínio da fraternidade, da colaboração e desprendimento de todos para que tais objetivos se tornem realidade. A vida em abundância não trata, privativamente da fartura de bens materiais, mas sobretudo de bens espirituais, como paz e honestidade que precisam ser buscados pela educação, inclusive religiosa , como já salientamos.

Menos favorecidos, desafortunados, pobres, sempre existirão, na relatividade das classes humanas, mas o padrão de comparação deve estar em constante ascensão, pois nossa caminhada sempre é para o  bem, o progresso, a perfeição.

Comentários