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Publicado: Quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os cães sabem escutar, mas precisam latir!

Crédito: Ilustração/Internet Os cães sabem escutar, mas precisam latir!
Características humanas no filme 101 Dálmatas

Os animais estão substituindo as pessoas no campo afetivo e entrando de vez na corporação física e mental, de uma família humana. Seus lugares deixaram de ser o velho e frio quintal, para se aconchegar em colos macios e quentinhos de seus donos. Essa relação, antiga e amistosa, está gerando cada vez mais benefícios para ambos os lados, porém todo cuidado é pouco na hora de lembrar que latido é latido, e fala é fala.

Histórias fictícias que envolvam mascotes em seus enredos são comuns, e sempre atraem a população. Afinal, a estrutura social deles se assemelha e muito com a do ser humano. Filmes como 101 Dálmatas, A Dama e o Vagabundo e até séries como Lassie e Rin Tin Tin contam dramas de amor, heroísmo, fidelidade etc, deixando claro muitas características igualmente humanas, em cães, gatos, ratos e outros.

A famosa narrativa de Marley & Eu conta exatamente o poder afetivo de um cão como membro de uma família. A história conquistou países e ajudou a recolocar os caninos como “melhores amigos do homem”. No sucesso que vendeu mais de 3 milhões exemplares no Mundo todo, em três anos, a natureza social e as capacidades de comunicação e leitura de emoções de seus donos (ressonância afetiva), comprovam que os cachorros podem compartilhar sentimentos, segredos e angústias com as pessoas, e o melhor, não contam à ninguém! Assim como o homem, eles tem a necessidade de se ligar a outro ser e adotá-lo como referência. Daí a fidelidade comprovada dos mesmos e o porquê da troca dos humanos por focinhos dóceis e ouvintes.

Ter um bichinho de estimação também pode trazer outros benefícios, como alívio de estresse, depressão e melhora na coordenação motora das crianças. Esses benefícios já foram descobertos e fizeram a população de animais crescer no Mundo. Segundo pesquisa feita pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAN), o Brasil tinha em 2010, 25 milhões de cães e sete milhões de gatos. Porém, o processo de domesticação dos pets já alcançou um patamar perigoso. A “humanização dos animais” movimenta milhões no comércio e prejudica os bichinhos, pois não permite aos mesmos as características que os diferem das pessoas, como fazer xixi, arranhar a terra e latir.

O homem precisa entender e aceitar que possui uma necessidade de cuidar de outro ser vivo, mas que não deve impor suas vontades a ele. Afinal, para se manter uma boa relação é preciso entender o lado do outro, e nisso, os bichos já demonstraram que são craques.

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