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Publicado: Terça-feira, 5 de julho de 2011

Olhe o fogo!

Ninguém sabia como aquilo tinha começado. Parecia que de repente toda a cidade fora atingida por setas incendiárias e que uma enorme boca soprava sem parar aumentando cada vez mais o fogo e neutralizando a ação dos bombeiros que se dividiam na sua missão de ajudar a salvar as vítimas e tentar debelar o incêndio.

Margarida e Otacílio, apalermados. Juntaram às pressas alguns pertences que estavam mais a mão e saíram para a rua enquanto o fogo destruía sua casa.

De repente Margarida lembrou:

— O louro! Ele ficou lá, precisamos salvá-lo!

— Não dá mais para entrar em casa, mas não se preocupe que o louro sabe como safar-se.

Momentos depois lá vinha o papagaio com as penas arrepiadas, meio chamuscadas e postando-se no alto de um poste gritou com a voz fina e autoritária de sua dona.

— “Tacílio! Paga esse fogo que o churrasco ta queimano!”

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