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Publicado: Sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O que precisamos fazer

Neste tumultuado mundo, muitas vezes, precisamos descobrir o que fazer. Trata-se de descobrir aquilo que o vocábulo “prioridade”, dos mais utilizados pelo ativíssimo homem moderno está a nos sugerir.
 
E essa tal de prioridade é que nos aborrece bastante porque, dos afazeres domésticos, profissionais e sociais aquilo que encabeça a escala da preferência pode ser desagradável, nada sugestivo, confortador ou fora das possibilidades econômicas. Exemplos: há urgência de se consertar o telhado da casa, de desfazer-se de entulhos da reforma, no escritório de chamar a atenção de subordinado e assim por diante.
 
Essas prioridades, nem sempre agradáveis, as relegamos com o máximo prazer, porque o todo de nossa individualidade se encontra voltado para o incrível ideal da satisfação pessoal. Queremos nos entreter com atividades que satisfaçam a mente, plenamente adequadas e suportadas pelo corpo.
 
Será que fomos criados apenas para enfrentar esses probleminhas? A explicação teológica que recebi na minha já longínqua infância foi de que Deus criou o homem visando a sua plena felicidade na terra. Todavia, o pecado original cometido por Eva e Adão alterou os planos Divinos.
 
E assim, a espécie humana veio a conhecer o trabalho como necessidade para o próprio sustento e a morte como acontecimento inexorável. A história se encontra aí para relatar toda a evolução humana e nós somos os exemplares da contemporaneidade.
 
A profunda indagação que nos ocorre, passados cerca de dois mil anos de Cristianismo, será porque com a doutrina clara e esclarecedora propugnada pelo Filho de Deus, continua a balburdia, a insatisfação, o desnorteamento!? A humanidade era para se encontrar acomodada, usufruindo as delícias da criação, porque, seguindo – e cada vez da melhor maneira -, os ensinamentos do Mestre, todo o bem e ventura possível neste mundo, nos seriam dados por acréscimo.
 
Estou me convencendo que os ensinamentos evangélicos precisam ser doutrinados com mais proficiência, a ponto de, em meticuloso exame de consciência, se insistir na observância dos mandamentos e se relembrar daquelas passagens duras que o cristão precisa refletir com seriedade: muitos são os chamados, poucos os escolhidos; nem todo que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus; aquele que põe a mão no arado e olha para trás também não é merecedor de nele entrar; aquele que não estiver com a veste nupcial será lançado fora, onde haverá choro e ranger de dentes; a figueira que não produz fruto será cortada; pelos frutos os conhecereis, pois a árvore boa produz bons frutos e assim por diante.
  
Enquanto o cristão pautar sua vida, pouco se dedicando à implantação do Reino de Deus, vivendo frouxamente a fé que diz aceitar, iludindo-se a si mesmo com as tolas preocupações materiais o mundo continuará tumultuado, pois, ao que parece, o que precisamos fazer não se encontra em nosso roteiro cotidiano. Todavia, face à infinita misericórdia de Deus, esperamos superar essa fase de indiferença, comodismo, falta de fé e voltarmos a trilhar o caminho certo, do amor e da paz.

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