Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 20 de junho de 2008

O Que Fazer?

Há momentos na vida em que não sabemos o que fazer. Não deparamos pela frente nada que nos motive ou entusiasme. A rotina torna-se assustadoramente assintomática. Gostaríamos de encontrar objetivos claros, como faça isso, faça aquilo, leia, estude, vá ao cinema, faça visitas ou faça compras, viaje, saia de férias etc.
 
Quando você é jovem, com boa formação moral, momentos como esses são facilmente debelados porque a idade é fomentadora de ilusões, sonhos e confiança no futuro. Mas, na provecta idade ou em seu limiar, tais instantes são constrangedores porque nossos pensamentos se encontram vinculados a toda uma vida já vivida, ou seja, se usássemos expressão jurídica, limitados pela jurisprudência dominante.
 
E, então constatamos realmente, que nos encontramos superados em muitos aspectos. Outros são os tempos, outros são os costumes. A dinâmica imposta pela modernidade só pode ser aceita pelos seus criadores e juvenis adeptos que - na uniformidade das idades-, aceita tudo como válido e que os dissidentes é que se virem.
 
Sendo mais claro e exemplificando: no que diz respeito à informática, mundo dos computadores e da telefonia os idosos mais persistentes, a duras penas, tentam acompanhar as inovações tecnológicas cotidianas. De outro lado, e em compensação, constata-se estrondoso declínio da juventude no conhecimento do vernáculo e da simples aritmética, pois a maioria dos jovens não escreve corretamente e não sabem fazer simples cálculos das quatro operações sem se utilizarem das calculadoras.
 
Com o progresso e a modernidade dos meios de comunicação verificou-se também assombroso desenvolvimento das inclinações negativas inerentes à espécie humana decaída pelo pecado, segundo a religião católica predominante na nacionalidade brasileira.
 
Desenvolvimento tão exacerbado que ninguém mais se espanta, por exemplo, ao tomar conhecimento de assassinatos de pais pelo próprios filhos e filhos pelos próprios pais, ou dos, outrora, inimaginados crimes de pedofilia.
Comentários