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Publicado: Sábado, 23 de maio de 2015

O que é ser Coach?

Fico aqui refletindo qual o verdadeiro papel de um profissional conhecido por Coach.

Conselheiro, amigo, mágico ou curandeiro? Nenhum desses adjetivos.

Olhando a fundo para esse novo perfil profissional entendo e percebo que estou falando primeiramente de um ser-humano com uma sensibilidade forte para uma escuta ativa, ou seja, uma pessoa que tem a capacidade de ser um bom ouvinte. Mas, e depois disso?
Um segundo passo é tentar entender junto ao coachee (cliente) qual a sua necessidade e objetivo a ser traçado, de tal forma que esse profissional possa oferecer ferramentas que o auxiliem nessa jornada rumo a sua meta.

Parece que estamos falando de uma relação simples e superficial, mas é exatamente o contrário disso. Trata-se de um relacionamento que se aprofunda a cada encontro tanto na cumplicidade como na empatia e que coloca o cliente e o coach numa camada profunda de investigação sobre as necessidades do coachee.

Sinto, ao longo dos processos de coaching que cada relação estabelecida é uma, mesmo porque cada coachee que aparece é o protagonista da sua história, carrega seus traumas, dramas familiares, necessidades íntimas que se diferem entre si. E o que isso causa?
Uma satisfação imensa em tentar entender essa necessidade e oferecer o melhor para esse cliente buscar seus recursos internos para encarar sua trilha e atingir sua meta.

Mas isso sempre acontece?

Não. Mesmo porque nem sempre a meta que o coachee estabelece é realmente sua necessidade. É comum no meio do processo o cliente identificar novos anseios ou perceber que tem que olhar para outros pontos que aparecem no decorrer do percurso. E isso está errado? Claro que não. Somos pessoas e não máquinas. E sentimos O que clamamos como verdades hoje pode não ter o mesmo impacto amanhã. E isso é legítimo. Somos seres em transformação.

Mas há situações em que o coacheee traçou um objetivo e chegou aonde queria, mas quem sabe não pelo caminho que imaginava. Atravessou pedregulhos, mergulhou nas suas dores, olhou para suas dificuldades e daí atingiu sua meta. Outros, por sua vez, com menos profundidade, alcançaram com menos esforço um olhar que lhes foi possível
Não há certo ou errado. Há que se ter vontade de passar pelo processo. Há que se disponibilizar a passar por ele.

E o profissional, o coach, deve estar atento para facilitar como um espelho ao coachee a enxergar sua trajetória, destacando sua fala e seus valores. Isso é parte do trabalho desse profissional.

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