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Publicado: Sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O professor sem vergonha

Professor continua sendo a profissão mais importante do planeta. São sementes que formam cidadão de bem, ou não. Depende da semente para a colheita ser farta e boa.

No meio de uma semeadura é natural que tenham as sementes de praga, passam pela seleção, inevitável. Depois ainda resta na hora da colheita separar a praga e jogar fora. Imaginem uma semeadura onde a semente não foi previamente selecionada e na hora da colheita só a praga é aproveitada.

Parece um absurdo, uma aberração.

Exatamente o que estamos vendo na escola pública.

Os educadores junto com os maus professores convivendo de uma forma que está longe de ser
pacífica.

Os maus professores são em número cada vez maior, tanto que estão acabando com os educadores. Assim como numa plantação, onde a praga cresce tanto que sufoca a planta boa.

O bom diretor (a) que quiser uma escola funcionando bem com aulas de boa qualidade enfrenta esse problema. Os maus que sempre são em maioria promovem uma batalha cruel e ganham; o mal está vencendo o bem. Se não conseguem colocar a diretora para correr por “bem”, a Diretoria de Ensino (como foi o caso da Sul 3) entra em ação junto com a Apeoesp e ela sai por “mal”

Juntando os casos isolados de professores que processam a boa diretora por assédio moral, quando ela pega firma em um mau professor. O diretor desestimulado e, enquanto está respondendo constrangido o processo, os maus professores vão ganhando força.

O pior secretário de Educação que São Paulo já teve, Gabriel Isaac Benedito Chalita, deu o veredicto final: “A escola pública é ruim por culpa dos gestores”.

Claro que é. O problema começa lá em cima com o Governador, ele é o principal responsável pela escola de má qualidade quando escolhe mal o seu secretário de educação. Quando não ouve o povo.

Quando é ingênuo e imagina que criar Ouvidorias e Corregedorias aos montes vai resolver o problema.

Sem ouvir os pais que pagam a conta e os alunos que usam o serviço, ele nunca vai saber o que acontece.

Se o Chalita era o Secretário de Educação e o homem de confiança do Governador, ele era um mau gestor - uma vez que a escola pública está falida moral e fisicamente.

São Paulo deu os piores exemplos que se alastrou pelo Brasil.

Por causa disso, até perguntei se o Chalita ia se suicidar, uma vez que fez o “mea culpa” na Câmara Municipal de São Paulo.

Não, ele não estava reconhecendo o seu erro. Estava preparando o terreno para sair do PSDB.

Coloca a culpa no Serra dizendo que o Serra não gostava de professor.

Ele, o Chalita, não gostava de pais de alunos. Estariam empatados.

Para mostrar o quando a má semente está proliferando, o Chalita foi um dos deputados mais votados de São Paulo.

Perdeu para o Palhaço.

Um Tiririca do picadeiro de modo brincalhão e alegre. O outro o tiririca da escola pública.

O Chalita é um homem com um carisma inegável. Ótima aparência. Fazia as plateias lotadas de professorinhas irem ao delírio quando cantava para elas. Podia ter investido mais na carreira de cantor ou ator. Preferiu o caminho mais fácil, mais largo, o caminho da perdição da escola pública.

Foi-se o tempo onde professor tinha a maior vergonha quando um pai ameaçava colocar o filho com professora particular. O professor sentia que tinha falhado na sua obrigação de ensinar.

Hoje elas não se acham no dever de ensinar e culpam os pais pelo fracasso da escola.

Temos aí o dantesco quadro.

De um lado educadores sérios sufocados pelos professores sem vergonha na cara.

De outro lado as diretoras(es) de escola que querem trabalhar e não podem.

As diretoras(es) dignas(os) não conseguem fazer um trabalho do jeito que gostariam, estão sufocados pela Banda Podre. A má semente invadindo tudo.

Os educadores estarrecidos e massacrados pelos péssimos salários e má condição de trabalho. Do outro lado sendo premiado e atrapalhando tudo está O PROFESSOR SEM VERGONHA.

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