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Publicado: Domingo, 8 de janeiro de 2017

O poder do "nós

O poder do “nós”  A importância do trabalho em equipe Em 2006

No Festival Mundial da Paz em Florianópolis, a jornalista e filósofa Lia Diskin, falou sobre o caso de uma tribo na África chamada Ubuntu. Ela contou sobre um antropólogo que estudou por um tempo os usos e costumes da tribo e, ao terminar seu trabalho, enquanto esperava pelo transporte até o aeroporto, propôs uma brincadeira para as crianças. Colocou uma porção de balas e doces num cesto e deixou debaixo de uma árvore. Então chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam correr até o cesto, e aquela que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro. As crianças se posicionaram atrás da linha que ele desenhou no chão e quando ele disse “Já!”, todas elas se deram as mãos e correram em direção ao cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si, e todas comeram felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se apenas uma poderia ter ficado com tudo. Elas simplesmente responderam: “Como um de nós poderia estar feliz se os outros estivessem tristes?”. Ele ficou desconcertado! Estudou a tribo durante meses, e não havia compreendido a essência daquele povo. UBUNTU significa: “Sou quem sou, porque somos todos nós!”.

Perceba o detalhe: “porque SOMOS”, não “porque sou”, “porque tenho” ou “porque temos”. Pessoas foram criadas para relacionar-se, amar e serem amadas; já as coisas existem para serem usadas. Vivemos hoje com os valores totalmente invertidos, onde as coisas são amadas e as pessoas usadas. Este sentimento de conquistar coisas ou posições a qualquer preço, de chegar sempre à frente dos outros, de querer cada vez mais para si mesmo e de preocupar-se apenas com sua própria vida, estabelece um clima de competição onde deveria haver colaboração. Com isso, o “eu” torna-se sempre mais importante que o “nós”, o julgamento sobrepõe a empatia, e o resultado individual é sempre mais importante que o coletivo.

Quando aprendermos a utilizar nossos talentos, habilidades, nossa inteligência e conhecimento, em direção a um bem estar coletivo, nossas equipes atingirão seu máximo potencial com um clima de respeito e colaboração.

Juntos, podemos ser mais fortes, afinal, como um de nós pode estar feliz se os outros estiverem tristes?

Pense nisso e aplique estes conceitos em sua vida, seja com a família e amigos, como também no trabalho.

As empresas hoje buscam profissionais capazes de trabalhar em equipe e ajudarem uns aos outros.

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