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Publicado: Sábado, 13 de fevereiro de 2010

O papel do dinheiro

Centralizados no mundo, olhamos ao redor. Perto, bem perto, a rotina diária. O que se passa com vizinhos não deve nos interessar. Queremos a felicidade, a saúde, a paz.

A felicidade não se traduziria exclusivamente em possuir muito dinheiro, mas grande parte dela consistiria na fruição de bens   materiais que somente o vil metal pode proporcionar: tranquilidade econômica, viagens, despreocupado  consumo de bens. Assim ficaria mais fácil rir e sorrir com e para com os outros.

Como o dinheiro parece proporcionar todo esse conforto, a maioria corre intensamente atrás dele. Começam aí a se despontar as origens do mal. O dinheiro que deveria ser meio para facilitar a vida, passa a tornar-se fim, objetivo obsedante de homens, mulheres e até crianças.

Com a fraqueza humana alimentada pelo descaso educacional e moral o super- endeusado dinheiro impele muitos para o crime (assaltos, sequestros, falcatruas de todas as espécies), pois julgam ser essa a única e mais rápida maneira de o conseguir.                             

 Desvirando o foco: na verdade, esquecemos a origem do homem.  Viemos de Deus e para Deus vamos. Lendo, faz pouco, o profeta Isaias (capítulo45), encontrei boa referência para reflexão: "acaso diz a argila ao oleiro : que fazes."  Portanto, é um tremendo orgulho da parte  do homem querer saber porque foi criado. Temos de aumentar a fé.

A caminhada terrestre tem destinação certa: retorno ao Criador. Se nos imbuirmos dessa idéia (e isto é questão de fé), o dinheiro passará a ser secundário, ocupando o lugar inferior que merece. 

O dinheiro para nós, portanto, não deve ser considerado como de importância absoluta. É apenas pedaço de papel ou vil metal, que facilita enormemente a vida e com  o qual desejamos  aliviar as agruras materiais próprias  e  dos mais próximos.

Não nos incomodemos com os apodos e gozações que os donos do dinheiro certamente farão nos apelidando de quadrados, burgueses, moralistas, provincianos, etc.

Devemos sim, nos alegrar intimamente, porque nos encontramos no caminho certo, aquele que nos permite contemplar o por do sol - as sombras da noite nos envolvendo lenta e suavemente-, ou as radiosas  manhãs  plenas de luz, vida, alegria.

Damos graças a Deus por não precisarmos nos enveredar pelas rotas da competitividade agressiva, onde nos depararíamos com as frequentes tramóias de adversários inescrupulosos que tudo fazem para aumentar a própria fortuna.

O nosso caminho tem as flores da esperança e a irrestrita confiança nas balsâmicas palavras evangélicas: "vede os lírios dos campos, as aves que voam..."

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