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Publicado: Sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Nazareno

Festa da Sagrada Família.

Domingo derradeiro de 2010, 26 de dezembro, a lgreja o dedica para festejar a sagrada família de Nazaré.

O texto do evangelho cabe a Mateus (2,13-15. 19-23), que pontifica neste “Ano A”, aberto pela liturgia desde o final de novembro, com o Primeiro Domingo do Advento.

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“” Depois que os magos partiram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te e pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.

José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.

Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.

José levantou-se, pegou o menino e sua mãe e entrou na terra de Israel. Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judéia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galiléia e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos  profetas: “Ele será chamado nazareno”.

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Antes de se entrar na apreciação do evangelho acima, de Mateus, é imperioso um também breve comentário do texto da Missa noturna do Natal, 25, na palavra de Lucas, primeiros catorze versículos do capítulo 2. Fala da fiel observância da família sagrada, aos preceitos públicos e às respectivas leis, com o transportar-se a Belém, para atender ao recenseamento decretado por César Augusto. Nessa viagem, já se mostra bem claramente o despojamento e a quase humilhante condição do nascimento de Jesus. Enfaixado o menino e acomodado numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria. O rei do Universo não pode ser devidamente acolhido. Dispensam-se mais palavras.

Já no evangelho de hoje, domingo, 26, citado acima e a cargo de Mateus, há o longo relato de dificuldades ainda maiores, porque o rei do Universo teve que ser levado às pressas ao Egito, para não ser morto pela gana de Herodes, que temia perder o trono. Imagine-se as agruras que a sagrada família terá passado em terras estranhas, afora os incômodos de tão longa viagem. E quando retorna, ainda assim não pode localizar-se no endereço antigo, Israel, porque ali imperava outro temido mandatário, Arquelau, filho de Herodes. Assentaram-se em Nazaré que, profeticamente, caracterizou Jesus com o cognome com o qual respeitosamente passou a ser conhecido: o de nazareno.

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