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Publicado: Quarta-feira, 21 de julho de 2010

O mundo ao seu alcance

Tem-se para este domingo, 25 de julho, sempre com Lucas, evangelista do Ano “C”, os treze primeiros versículos do capítulo 11.

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“”  Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”.

Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação”.

E Jesus acrescentou: “Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia noite e lhe disser: Amigo, empresta três pães, porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer, e se o outro responder lá de dentro: Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães, eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. Portanto, eu vos digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. Será que algum de vós que é pai, se o filho lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”

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Pois não corre vulgarmente, de boca em boca, o ditado popular de que quem procura acha?

Se assim se manifestam as pessoas comuns, no dia a dia, quanto maior valor, significado e garantia não assumem as promessas, ditas pelo próprio Jesus, ao assegurar a certeza do atendimento às preces de qualquer pessoa!

Ele o diz acentuada e firmemente: Pedi e recebereis.

Reforça suas palavras ao acrescentar que, igualmente, todo aquele que procurar vai encontrar e os que baterem à porta serão atendidos.

Apenas anota ao final – e nem precisaria fazê-lo – que toda súplica há de ser sensata.

Em outras palavras: o absurdo, o erro, aquilo que resulte em malquerença, inclusive o que por falta de visão ou por ignorância pudesse ocasionar mal ao pedinte ou a terceiros, tais pedidos enfim, obviamente não serão acolhidos.

Esta advertência vale porque, infelizmente, ora a ingenuidade, ora a maldade mesma, geram distorções e impropriedades.

Se é suprema ventura saberem-se os homens amparados por Deus, é preciso saber pedir. A ponto de Jesus mesmo advertir que nunca se ofertará cobra ou escorpião a um filho que desejasse alimentar-se de peixe ou de ovo.

Outro detalhe quanto ao discernimento para se suplicar alguma coisa do coração generoso de Jesus: não se condicionar prazo para atendimento, até porque nem tudo que se possa pedir será conveniente a quem o deseje. Nesse particular, o próprio fato da mercê eventualmente não alcançada, o terá sido por ser danosa à própria pessoa. A ser assim, nesse mesmo fato, ao inverso, existe a concessão de um bem, o do dano ali evitado.

E como em suma e definitivamente o amor de Deus se manifesta sobre todos de forma ampla e contínua, a grande lição que se colhe hoje é a da imensa gratidão que se lhe deve, Pai zeloso e presente que é.

O mundo ao seu alcance, pelas mãos de Deus, em tudo quanto não impeça sua própria salvação.

Graças lhe sejam dadas, em fervorosa adoração.

Hoje e todo sempre.

                                                                                 João Paulo               

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