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Publicado: Quinta-feira, 13 de março de 2003

O momento para procurar um ortodontista

Muitas pessoas têm dúvidas quanto ao momento certo para buscar o tratamento ortodôntico. O início do tratamento pode ser mais adiante, mas é muito importante que uma primeira avaliação seja feita quando a criança apresenta todos os dentes decíduos (de leite) na arcada. Isso acontece por volta dos 2 anos de idade.
   Nessa fase, a mastigação já ocorre de maneira mais "coerente" guiada pelos movimentos de abertura e fechamento da mandíbula. Portanto, o ortodontista vai poder avaliar se há algum desvio nesses movimentos e uma relação errada das arcadas dentárias.
   A relação errada das arcadas é traduzida na relação dos dentes. O que devemos encontrar é como se fosse uma tampa um pouquinho maior, fechando uma panela um pouquinho menor, ou seja, os dentes superiores ocluindo englobando discretamente os dentes inferiores.
   Informações sobre amamentação do paciente, hábitos de chupeta, dedo, mamadeira, também são importante para o profissional avaliar a seriedade dos problemas e relacioná-los aos fatores hereditários pois há casos em que a predisposição genética a maloclusões, influenciarão mais severamente se o paciente tiver hábitos que comprometam a saúde ortodôntica. O inverso também acontece: podemos não encontrar problema algum de ordem ortodôntica em pacientes que chuparam chupeta e usaram mamadeira, se sua história familiar é de bases ósseas e arcos dentários bem relacionados.
   É por isso que uma avaliação precoce é de muita valia, já que os casos mais severos de maloclusões deverão sofrer intervenção profissional ainda na fase de dentição decídua ou mista (parcialmente decídua, parcialmente permanente)
   Essa avaliação é feita clinicamente e através da solicitação de exames complementares (documentação ortodôntica). Os exames complementares são compostos de radiografia panorâmica, radiografia do perfil, modelos de estudos e fotos (frente, perfil e intrabucais)
   Os casos em que a estrutura óssea (maxila e mandíbula) não apresenta discrepâncias e pela análise da radiografia panorâmica, não haverá falta de espaço para a dentição permanente, podem ser tratados numa fase mais adiante; ou seja, quando praticamente todos os dentes decíduos já esfoliaram e os permanentes já estão buscando sua posição na arcada.
   O importante é pecar pelo excesso e não pela falta, buscando sempre uma avaliação a partir dos 2 anos de idade, para que se tenha o menor número de problemas para resolver.
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