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Publicado: Domingo, 26 de abril de 2009

O mapa, a bússola e o relógio

O mapa não é o território. O território é a pessoa e seu projeto de vida. O mapa é um poderoso instrumento que ajuda a descoberta do mais precioso tesouro: A lembrança de si mesmo:

“A lembrança de si mesmo traz a certeza de onde se deve chegar”.

Quando chegamos ao planeta Terra recebemos o céu de presente! Na verdade, toda criança que nasce é um pedaço do céu que desce a Terra, trazendo todas as possibilidades infinitas daquele presente, em forma de múltiplos dons. A criança traz em seu Sol a força e energia da própria vida, sua alegria e seu sorriso; em sua Lua, o carinho da acolhida e o sentido de pertencimento a um ninho, a uma família. Vênus, Marte, Mercúrio, podem trazer inúmeros significados para aquele ser que nasce bem diferente de uma folha de papel em branco na qual tudo pode ser escrito. Na verdade, tudo o que acontece está escrito nesse céu de nascimento, apesar de nem tudo o que está escrito necessariamente ter que acontecer. As posições dos planetas no espaço sideral podem ser vistas como as memórias do tempo.

- Júpiter! Imagine o que é ter um Júpiter só seu, que o lança confiante para a exploração de novos horizontes ainda a serem descobertos, abrindo oportunidades e impelindo-o a crescer. E um Saturno que, através do "choque de realidade" do amadurecimento das diferentes idades, impõe os desafios para superação dos obstáculos e a percepção dos próprios limites, fazendo-o situar-se no tempo certo. Um Urano que oferece a oportunidade de romper as suas limitações para abrir-se na direção da expressão criativa de sua liberdade de ser e de ter escolhas; Netuno que o permite sonhar e ir além da imaginação. E Plutão, no limiar do invisível, o faz perceber o lado oculto do oculto, que traz a prontidão para a transformação necessária para a que a vida se refaça, ao eliminar o que não é essencial e abrir-se para uma nova partida, um novo começo.

"O que você busca, está a sua procura?"

O mapa do nascimento de uma pessoa demonstra com grande precisão o seu modo de relacionar-se com o mundo à volta, com as 12 áreas da experiência humana, as casas astrológicas: Trabalho, relacionamento, família, recursos e valores, filhos, amizade, saúde... Ali estão inscritos muitos caminhos que podem ser trilhados, ou não, ou onde se pode, ou não, fazer morada. Entre o "estímulo e a resposta" existe a liberdade de escolha - o “espaço entre” uma e outra decisão pode ser ampliado pela consciência. É a possibilidade do exercício do livre arbítrio.

"O sábio rege sua estrela, mas o ignorante é regido por ela".

Além dos dons que ganhamos do céu na hora do nascimento, no mapa existem referências, ou indicações do verdadeiro norte, além de sinalizações se estamos ou não na direção correta. Assim o mapa também pode ser visto como uma bússola, que assinala campos invisíveis de forças que nos movem e nos alinham ao propósito maior de nossa vida. O mapa astrológico permite fazer distinções entre as diferentes qualidades de tempo, e por isso funciona como um relógio. Mas não somente um relógio quantitativo que marca as horas do tempo ordinário, ou biológico, do fazer das coisas, mas também um relógio qualitativo, subjetivo ou psicológico, diferindo no tempo, nuanças de cada etapa da vida, e os momentos mais adequados para avançar, recuar, fazer prospecções.

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