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Publicado: Terça-feira, 11 de junho de 2013

O livro foi a primeira forma de EAD.

Crédito: Google Imagens O livro foi a primeira forma de EAD.

O livro – este incrível objeto criado com o intuito de gravar o conhecimento e passá-lo de geração em geração foi a primeira forma de Educação à Distância. O mundo não seria o mesmo se os povos não pudessem conhecer as ideias de seus antepassados e encaminhar seus conhecimentos para outros povos. Um bom exemplo é a filosofia, que até hoje é calcada nas letras escritas por filósofos da antiga Grécia e Alemanha do século XIX e XX.

Durante a antiguidade, a primeira forma encontrada para gravar o conhecimento foi escrevendo-o em pedra ou tábuas de argila. Após algum tempo, surgiram os khartés, que eram cilindros de folhas de papiro fáceis de transportar. A inovação seguinte foi o pergaminho, que em pouco tempo substituiu o papiro. O pergaminho era feito com peles de animais (ovelha, cordeiro, carneiro, cabra) e nele era possível escrever com maior facilidade.

Nessa época remota, já se praticava a Educação à Distância, na medida em que esses livros rudimentares eram transportados e distribuídos para pessoas que vivam distantes dos centros de conhecimento. Alguns educadores insistem que os livros levam somente informação e conhecimento e que isso não é exatamente Educação.

Seja como for, fiquei impressionado quando li que Abraham Lincoln nunca frequentou uma escola mas formou-se advogado quando descobriu no lixo, um caixote de livros de direito e os devorou.

Uma de suas vantagens do pergaminho em relação aos outros suportes para escrita era sua durabilidade. A origem do pergaminho remete à cidade grega de Pérgamo, onde foi inventado e levou o nome de seu local de origem. Outra alteração desta época foi o fim do “volumen”, que era um rolo, pelo códex, que apresentava páginas compiladas. O surgimento do códex deu-se na Grécia como uma forma de codificação das leis. Após algum tempo, foi melhorado pelos romanos. Também chamada de códice, esta nova forma de apresentação das informações fez com que o livro começasse a ser visto com um objeto, uma obra. Além disso, diversos estudiosos apontam o códice como peça fundamental na distribuição da informação.

Já no final da Idade Média, outra invenção foi de extrema importância para a difusão dos livros como objetos e como sinônimos de conhecimento: a impressão. No início, a impressão era feita da seguinte forma: o conteúdo de cada página era gravado em blocos de madeira, que após serem mergulhados na tinta, eram colocados sobre o papel, produzindo várias cópias.

Muito se fala sobre a importância de Johannes Gutenberg para na história do livro. Realmente, ele foi fundamental para a difusão da leitura no mundo, mas a invenção da máquina impressora de tipos móveis já havia ocorrido na China por Pi Sheng e, segundo alguns historiadores, a “prensa” já existia em outras partes do mundo. O mérito de Gutenberg foi a criação de um processo de impressão em série, fazendo com que novos livros surgissem com mais rapidez. Na verdade, ele inovou o processo, criou tipos, procurou as pessoas influentes para a difusão de suas ideias e deu início à revolução cultural moderna. Além de Sheng e Gutenberg, outra figura importante para a história do livro foi o italiano Aldus Manutius, que modernizou o projeto tipográfico, hoje conhecido como design editorial.

Chegamos finalmente ao livro eletrônico, que é disponibilizado na internet para milhões de pessoas ao mesmo temo com um custo reduzido, ou às vezes até gratuitamente.

EDSON BONI é mestrando em Educação Superior.
Nota do autor: Esse artigo foi produzido em 04/06/2013 para servir de trabalho de fechamento do módulo de Educação à Distância no Ensino Superior do curso de mestrado em Educação Superior, sob coordenação do Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes da UNISO.

Fonte principal:
http://www.infoescola.com/curiosidades/historia-do-livro/

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