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Publicado: Terça-feira, 16 de julho de 2013

O Homem de Aço dos novos tempos

O Homem de Aço dos novos tempos
O inglês Henry Cavill se sai muito bem no papel do Azulão

Devo confessar que estava com medo deste filme. Sou fã de quadrinhos, e o Superman foi um dos primeiros personagens que conheci e aprendi a admirar. Mexer com o símbolo da infância de muitas pessoas é sempre arriscado. Você pode não acertar na mão e transformar a adaptação num grande fracasso, como aconteceu no último filme do maior super-herói de todos os tempos – “Superman Returns”.

Mas Zack Snyder sabia o que estava fazendo. Mantendo os principais elementos, o diretor conseguiu ainda mostrar várias outras nuances do icônico personagem em “O Homem de Aço”, filme que conferi ontem. De forma não-linear e abusando dos flashbacks, a nova adaptação para o cinema mostra um Superman mais humano, com falhas e até mesmo desvios éticos.

Parafraseando o comissário Gordon em “O Cavaleiro das Trevas”, o Homem de Aço que vemos nesse novo filme não é o herói que queremos, mas o herói que o tempo atual precisa. Em 1938, quando Jerry Siegel e Joe Shuster o criaram, Superman era um escoteiro, um grande ícone do “american way of life”. Hoje, apesar do nacionalismo norte-americano não ter acabado, o personagem é global e merece uma nova roupagem.

O fã mais “xiita” deve entender que uma adaptação nada mais é que uma... adaptação! É a versão de um diretor, de um roteirista e de um produtor naquele determinado tempo. Outras pessoas podem assumir o projeto no futuro e enxergar o personagem de outra forma. Hoje, o Superman é mais agressivo e impulsivo. No futuro, pode ser pacifista e calculista.

Como disse anteriormente, os principais elementos estão lá (Krypton, os pais biológicos, os adotivos, o Planeta Diário, Lois Lane e até mesmo a Lexcorp). Agora basta você sentar na poltrona do cinema, relaxar e assistir ao filme com uma visão menos pré-conceituosa. 

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