Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O grito do Ministro José Eduardo Cardozo

 A afirmação do Ministro José Eduardo Cardozo não é novidade. A novidade é vir de uma pessoa com a importância dele. Daí a imprensa vai e divulga. Ele apresenta o diagnóstico da doença, mas não apresenta a cura, óbvia, tão óbvia que urra. 

A solução veio desde os tempos do filósofo Pitágoras e foi reproduzida e atribuída a outras pessoas; EDUQUEMOS OS JOVENS E NÃO PRECISAREMOS PUNIR OS ADULTOS. Fazemos exatamente o contrário. 

Em São Paulo só no segundo ano da Gestão Chalita a Apeoesp denunciou o fechamento de 300 escolas e não parou mais. As escolas que são prédios enormes e mal acabados são verdadeiros antros, não que precisasse ser um santuário, posto que todos alí são seres humanos, mas não precisava ter se deteriorado tanto. As cadeias são a reprodução em maior escala das escolas públicas. Os alunos demonizados e os professores santificados, os maus claro. Os educadores desesperados tentam trabalhar com um mínimo de dignidade e não tem espaço. O professor que quer trabalhar, respeitar aluno e seus pais é ridicularizado e os maus são blindados. 

Na escola se perde o referencial de honestidade que o aluno leva de casa. As escolas tidas como as boas, os alunos levam para casa montanhas de lição para os pais ensinarem, lição que não foi aprendida na escola mas que será pedida em provas. Quero dizer que senti orgulho do Ministro José Eduardo Martins Cardoso, que também foi um vereador combativo em São Paulo, mas precisava vir e dar esse grito, sabendo que se a cadeia fosse para todos, ele também como ser humano e sujeito a falhas, correria o risco de passar por um lugar onde é “pior que a morte” é um tipo de morte lenta e dolorosa. 

Comentários