O grande esquecido
Domingo. 12 de maio. 2011.
Pentecostes.
Evangelho de João (20, 19-23).
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“” Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse:
“A paz esteja convosco”.
Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
Novamente, Jesus disse:
“A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse:
“Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. “”
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O mistério da Santíssima Trindade, que escapa ao entendimento humano mas que o dom da fé acolhe jubilosamente, é demonstrado com frequência por Jesus. Neste episódio, Ele, Jesus e Deus, traz os eflúvios de Deus, Espírito Santo.
Aqui se comprova que o Mestre andará sempre por perto de seus fiéis seguidores, uma vez que Ele próprio assegurou que estaria com eles até o fim dos tempos.
Na cena, outrossim, configura-se a instituição solene do sacramento da Penitência. Conforto e consolo ao homem, frágil e sujeito a erros e descuidos, que tem assim o aceno da misericórdia divina, apto a recuperar o estado de graça, a qualquer tempo e hora, desde que seja movido pelo arrependimento sincero e do propósito de não recair no pecado.
Em dias de agora, na turbulência e no atropelo da vida eminentemente materializada, dificilmente consegue o homem parar para constatar o quão leve é o caminhar na senda do Senhor. Nela não deixam de existir pedregulhos e dores a sobrevir quando menos se espera, nunca porém, se cristão convicto e fiel for o ser humano, ao ponto de levá-lo ao desespero. Aprende a confiar, sempre.
Por isso mesmo, na teologia cristã, a falta de confiança que até ao suicídio pode levar o infortunado, se considera como pecado contra o Espírito Santo. Vítima dele, o cidadão, nem ele próprio quer se redimir. Com a sua desesperança afronta a possibilidade infinita de reencontrar-se com Deus.
Tampouco se contentem as pessoas de imaginar que lhes bastem na Semana Santa os atos penitenciais coletivos, uma vez que está às mãos beneficiarem-se do sacramento da Confissão mais frequentemente. A graça própria dele se repete a cada busca do sacerdote e, evidentemente, revigora a alma.
Perderam-se no tempo as longas filas do sábado mensal da Comunhão dos marianos do Carmo, três a quatro frades a atendê-los.
O mundo, as inovações e a tecnologia avançam de maneira formidável e assim continuam. Na mesma proporção, porém ao inverso, busca-se a Deus.
O grande esquecido.
João Paulo
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